Folha de S. Paulo
Obama chega "mais negro" à Presidência, e EUA, mais tolerantes
Entre as várias correções de curso que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, vem fazendo em relação ao candidato Barack Obama figura a questão racial. Conforme se aproxima o momento da posse, perto das 12h locais em Washington de hoje (15h de Brasília), o democrata se torna mais negro e menos "pós-racial", epíteto com o qual sua campanha acalmou a maioria branca do eleitorado americano. Na semana passada, em encontro com o comando editorial do jornal "Washington Post", o presidente eleito falou pela primeira vez de maneira realmente clara sobre o significado de os Estados Unidos estarem a momentos de terem seu primeiro presidente negro -não pós-racial ou birracial, ambos rótulos legítimos, já que ele é filho de um queniano negro e uma americana branca. "Há uma geração inteira que vai crescer achando normal que o posto mais elevado do planeta seja ocupado por um afroamericano", disse ele. "É uma coisa radical. Muda como as crianças negras olham para elas mesmas. Também muda como crianças brancas olham para crianças negras. E eu não subestimaria a força disso."
Leia também
Indústria puxa recorde de demissões no país
Tragado por uma onda de demissões inédita na indústria brasileira, o mercado de trabalho formal encolheu em dezembro e registrou seu pior desempenho nos últimos dez anos. No mês passado, foram fechadas em todo o país 654.946 vagas com carteira assinada. Apesar de a redução ter afetado todos os setores, o maior estrago ocorreu na indústria de transformação, que perdeu 273.240 vagas. O fechamento de empregos no setor foi quase o dobro do mesmo mês de 2007 e acendeu a luz vermelha no governo, que considera a indústria o "principal foco" dos abalos provocados pela crise mundial. O subsetor de produção de alimentos e bebidas foi o mais atingido pelas demissões e eliminou em apenas um mês 109.696 vagas.
De olho em 2010, Serra dá a Alckmin secretaria em SP
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi apresentado ontem pelo atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes, o também tucano José Serra, como o novo secretário de Desenvolvimento do Estado no lugar de Alberto Goldman, atual vice-governador paulista. Alckmin estava sem cargo público desde março de 2006, quando, após uma disputa partidária com Serra, então prefeito de São Paulo, deixou o palácio para concorrer à Presidência e ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Governador busca reduzir força de Aécio
Em mais um lance para tentar viabilizar sua candidatura presidencial em 2010, o governador de São Paulo, José Serra, selou a paz política com um possível dissidente do tucanato paulista: o ex-governador Geraldo Alckmin, nomeado ontem secretário de Desenvolvimento do Estado. A exemplo da bem-sucedida aliança com o PMDB para reeleger Gilberto Kassab (DEM) prefeito da capital paulista no ano passado, a nomeação de Alckmin para o secretariado mostra mais uma vez competência política de Serra para unir São Paulo em torno de sua candidatura e enfraquecer o oponente interno no PSDB, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Sarney aceita ser nome do PMDB à sucessão no Senado
O senador José Sarney (AP) disse ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o PMDB disputará a presidência do Senado em 2 de fevereiro. Afirmou ainda que o partido deseja que ele seja o candidato. Lula, segundo a Folha apurou, respondeu que respeitava a decisão do PMDB. Agora, o Palácio do Planalto passa a administrar a possibilidade de um eventual confronto entre Sarney e o candidato do PT, Tião Viana (AC). Ao longo do dia, Tião repetiu em vários momentos que não desistiria, nem mesmo a pedido de Lula. O Planalto ainda deverá trabalhar para evitar que a disputa entre PT e PMDB chegue ao plenário. Mas o próprio Sarney já disse a aliados que enfrentará o petista, se for necessário.
Lula responderá sobre caso Battisti ao presidente da Itália por carta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responderá nos próximos dias, também por carta, ao apelo do presidente italiano, Giorgio Napolitano, para que o governo brasileiro reveja a decisão de dar refúgio a Cesare Battisti, ex-militante do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). A resposta deverá ser protocolar, já que o próprio Lula defendeu a decisão. No sábado, o embaixador da Itália em Brasília, Michele Valensise, entregou a um assessor de Lula a carta de Napolitano em que reclama dos motivos alegados pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para negar a extradição e conceder refúgio a Battisti, contrariando decisão do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados).
MST foi processado mais de 600 vezes
Foram centenas de invasões de propriedades rurais, saques a caminhões e protestos em órgãos públicos nos 25 anos de história do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), completados nesta semana. As estratégias teriam forçado o governo a assentar cerca de 370 mil famílias, segundo cálculo da entidade. O MST pagou um preço, com 31 mortos e mais de 600 processos judiciais contra cerca de 1.500 militantes tornados réus ou candidatos a réus na Justiça em praticamente todos os Estados. Como o MST não existe juridicamente, as ações atingem seus coordenadores.
O Estado de S. Paulo
Com posse de Obama, EUA começam a mudar em estilo e conteúdo
Ninguém pode afirmar que o 44º presidente dos EUA, Barack Obama, que toma posse hoje, conseguirá promover as mudanças capazes de satisfazer as imensas expectativas de seus eleitores americanos e simpatizantes. É certo, porém, que haverá uma alteração drástica no estilo e no conteúdo do governo americano no momento em que George W. Bush passar o comando para o primeiro negro a chegar à presidência da maior potência do planeta. Algumas mudanças esperadas são a volta do multilateralismo na política externa, a maior intervenção do Estado e transparência na economia, e uma tentativa de unir os EUA em torno de uma agenda interna de profundas reformas em setores como saúde, política energética e meio ambiente. Na economia e nas reformas, Obama gostaria de construir ao menos uma base mínima de consenso bipartidário. Tudo isso contrasta com o governo sectário, belicista e conservador de Bush.
Serra põe Alckmin no governo e se fortalece para corrida de 2010
Dois anos e nove meses depois de deixar o Palácio dos Bandeirantes, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou ontem ao governo do Estado, desta vez para integrar o secretariado de seu sucessor, José Serra (PSDB). Alckmin comandará a Secretaria de Desenvolvimento, que estava sendo pilotada pelo vice-governador Alberto Goldman. A nomeação foi anunciada por Serra à tarde. Acompanhado de Goldman, ele anunciou o novo colaborador com uma lista de adjetivos. "É uma opção excelente para a área e uma grande honra para nós tê-lo no governo. Ele trará uma contribuição preciosa", afirmou. "Tenho certeza de que ele vai tocar muito bem isso num nível de excelência", emendou, ao citar os projetos estratégicos sob responsabilidade da secretaria.
Acordo deixa Aécio sem apoio dentro de São Paulo
Ao atrair o ex-governador Geraldo Alckmin para sua gestão, o governador José Serra unifica São Paulo em torno de seu projeto presidencial em 2010 e tira do governador de Minas, Aécio Neves, o único apoio que tinha nos arraiais tucanos paulistas. Se Serra pacificou o Estado em seu apoio, Alckmin, por seu lado, assume uma secretaria de visibilidade e comandará, em São Paulo, a luta contra a crise econômica. Se tiver êxito, terá percorrido boa parte do caminho para viabilizar sua volta ao governo estadual em 2010. A Secretaria de Desenvolvimento tem sido a encarnação do discurso serrista para enfrentar a crise. Seu plano de trabalho tem o título de Os novos rumos da locomotiva. Nos últimos dois anos, o ex-secretário Alberto Goldman costurou ambiciosos projetos para catapultar o desenvolvimento paulista, uma área que representa para Serra – mais do que a busca do êxito administrativo – o teste para suas teses desenvolvimentistas e a alavanca de seu futuro discurso de candidato presidencial. Alckmin, ex-governador e ex-candidato à Presidência, dá densidade a esse discurso, dizem os aliados de Serra.
FHC elogia e diz que indicação mostra ”maturidade” e ”grandeza” dos colegas
Principal cardeal tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que a indicação do novo secretário paulista de Desenvolvimento mostra "maturidade" e "grandeza" tanto por parte do governador de São Paulo, José Serra, como de Geraldo Alckmin. O ex-presidente disse ainda, por meio de sua assessoria de imprensa, que o fato "certamente será bem aceito, não apenas pelo PSDB, mas pelos paulistas em geral". O governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, também comentou a indicação feita por Serra. Assim como o governador paulista, o mineiro também tem interesse em disputar o Palácio do Planalto em 2010.
PSDB faz consulta ao TSE sobre normas para prévias
Uma consulta feita pelo PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá abrir espaço para grandes mudanças no processo de escolha dos candidatos. O PSDB quer que o TSE deixe claro se é possível escolher candidatos por meio de prévias. A prática é difundida em países como os Estados Unidos. Assinada pelos delegados do PSDB Gustavo Kanffer e Afonso Assis Ribeiro, a consulta pergunta a partir de quando podem ser realizadas as prévias e se os eleitores não filiados à sigla poderiam participar delas. O PSDB tem ainda dúvidas sobre propaganda, uso de recursos do fundo partidário para cobrir os gastos e recebimento de doações de pessoas físicas e jurídicas para financiar a publicidade e a realização das prévias. O partido também questionou o TSE sobre a possibilidade de a Justiça Eleitoral fornecer urnas eletrônicas para o processo.
Sarney avisa Lula que vai disputar no voto com Viana
O senador José Sarney (PMDB-AP) quer a presidência do Senado e, se necessário, disputará o cargo no voto, em plenário, com o petista Tião Viana (AC). Foi isso que ele próprio comunicou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro de pouco mais de uma hora no Palácio do Planalto. Segundo um dirigente do PMDB, o senador gostaria de ser o candidato de consenso, mas já não tem expectativa de ser "ungido" ao cargo. Ao contrário, seu grupo avalia hoje que será difícil para o Planalto remover a candidatura de Viana, embora trabalhe com a hipótese de Lula conseguir convencê-lo a renunciar.
PDT deixa ”bloquinho”, por Temer
O PDT anuncia amanhã a decisão de sair do chamado bloquinho, composto com PSB, PC do B, PMN e PRB, para apoiar a candidatura do presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), à presidência da Câmara. A Executiva Nacional vai se reunir amanhã, depois de negociações bem-sucedidas em que Temer garantiu ao PDT não só um cargo na Mesa Diretora como a inclusão dos pedetistas na partilha das comissões técnicas e relatorias de projetos importantes. Fora do bloco, o partido garante assento no colégio de líderes, que decide a pauta de votação.
Petistas rebatem nota de Berzoini sobre Gaza e o acusam de ”distorcer” nazismo
Imersos em sucessivos conflitos internos, os petistas incorporaram à seara partidária uma nova ferida – a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Quinze dias após o comando do PT divulgar nota condenando o "terrorismo de Estado do governo de Israel", um grupo de 36 filiados divulgou uma carta em tom duro, alegando que o primeiro texto, entre outras falhas, " distorce o fenômeno histórico do nazismo". As 29 linhas, pontuadas por críticas veementes e indignação, são subscritas por dois ministros – Tarso Genro, da Justiça, e Fernando Haddad, Educação -, pelo senador Aloizio Mercadante (SP) e personalidades. É dirigida a Ricardo Berzoini, presidente do partido e autor d o primeiro texto, em parceria com Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais. "Gostaríamos de manifestar publicamente desacordo", dizem os petistas na carta, veiculada ontem no site do PT. O grupo alega que Berzoini ignorou a "posição histórica" do PT de defender a coexistência pacífica dos povos, não registrou "a necessária condenação ao terrorismo", ignorou "o reconhecimento do direito de existência de Israel" e se posicionou de modo a queimar, "ao invés de construir", pontes de entendimento.
Correio Braziliense
General Félix na mira de Jobim
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negocia nos bastidores a derrubada do general Jorge Armando Félix da chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ministério ao qual a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está vinculada. A operação, costurada desde a queda de Paulo Lacerda da direção-geral da Abin, conta com o apoio de parte da cúpula do Exército e de setores do serviço secreto insatisfeitos com Félix. A negociação deve ser deflagrada nos próximos meses, aproveitando uma eventual acomodação política que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faria para terminar o mandato. Jobim já escolheu seu candidato a ministro do GSI. Trata-se do general-de-exército Darke Nunes de Figueiredo, de 65 anos. Darke tem trânsito no Palácio do Planalto, já tendo ocupado a chefia da segurança pessoal do ex-presidente Fernando Collor. Ele tem experiência na área de inteligência e de segurança. Atualmente, ocupa a chefia do Estado Maior do Exército, segundo cargo mais importante da hierarquia da Força.
Sarney quer ser candidato
O senador José Sarney (PMDB-AP) disse ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está disposto a disputar a Presidência do Senado na eleição marcada para 2 de fevereiro. O parlamentar foi claro: se a bancada do PMDB pedir, ele vai para a briga contra Tião Viana (AC), candidato lançado pelo PT. Sarney falou isso ciente de que os senadores peemedebistas querem sua candidatura. Foi o argumento usado por ele para justificar o que vinha negando a Lula: a possibilidade de disputar o cargo. Foi a primeira vez que admitiu a candidatura ao presidente da República. Numa longa conversa, Lula informou a Sarney que não pretende pedir para o petista recuar e o avisou da possibilidade de manter-se neutro caso os dois disputem o comando do Senado.
Serra dá cargo a Alckmin
O governador paulista José Serra empossou, ontem, o ex-governador Geraldo Alckmin como seu novo secretário estadual de Desenvolvimento. A notícia surpreendeu caciques experientes do PSDB. As conversas de bastidores entre os dois líderes tucanos foram rápidas e discretas. O governador teria formalizado o convite há cerca de uma semana e Alckmin, sempre disposto a colaborar com o projeto administrativo-partidário, refletiu e aceitou. Ele substitui o vice-governador Alberto Goldman, que vinha acumulando as funções da pasta.
Casal Cardoso disputa bilhões
Uma separação bilionária deixa perplexa a sociedade mineira. A fortuna avaliada de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões é disputada nos tribunais entre o ex-governador Newton Cardoso (PMDB) e a deputada federal Maria Lúcia Cardoso (PMDB), marcando o fim de um casamento de quase 30 anos. A parlamentar quer passar para seu nome a metade dos bens conquistados pelo casal nas últimas décadas. Newton alega que a ex-mulher não está “em plenas faculdades mentais e psicológicas” e nega o polpudo patrimônio. Os bens do casal Cardoso incluiriam 16 empresas no país, uma praia na Bahia, usinas termelétricas, aviões, carros, fazenda e imóveis em Nova York e Paris. A informação sobre o patrimônio — nunca declarado por Newton Cardoso — teria sido repassada por Maria Lúcia em processo de pensão alimentícia que tramita em segredo de Justiça na 3ª Vara de Família de Brasília. Ainda correm na mesma vara duas ações de separação litigiosa e de arrolamento dos bens do casal – ambas ajuizadas em maio de 2008. Alegando que o casamento realizado há 30 anos adotou o regime de comunhão parcial de bens, a parlamentar reivindica metade da fortuna.
O sonho americano nas mãos de Obama
O dia em Washington começará mais cedo hoje. A partir das 7h (10h de Brasília), centenas de milhares de pessoas já deverão estar nas ruas à procura de um bom lugar para assistir à posse do primeiro presidente negro dos Estados Unidos. A expectativa é de que Barack Obama atraia cerca de 2 milhões de admiradores para o National Mall, onde ocorrerá o juramento do novo presidente e seu aguardado discurso. Às vésperas do grande evento, Obama prestou serviço voluntário, visitou um hospital militar e causou ainda mais expectativas ao jurar “renovar a promessa” do país. “Amanhã (hoje), vamos nos unir, como um só povo, na mesma esplanada onde o sonho de Martin Luther King ainda ecoa. Por isso mesmo, reconhecemos que aqui, na América, nossos destinos estão intrinsecamente ligados. Percebemos que devemos andar juntos”, declarou Obama, em referência ao dia de homenagens ao ativista negro, celebrado ontem.
O Globo
Governo exigirá manutenção de emprego para cortar impostos
O governo pretende fazer novas desonerações de impostos para reativar a economia, mas, desta vez, deverá exigir como contra partida que os empresários mantenham o seu quadro de pessoal. A proposta foi discutida ontem em reunião entre o presidente Lula, dirigentes de seis centrais sindicais e cinco ministros. Oficialmente, o Palácio do Planalto não quis confirmar que fará a exigência. Em dezembro, o país perdeu 654 mil vagas com carteira assinada o pior resultado desde 1992.
Mãos à obra
Barack Obama toma posse hoje entre llh30m e 12h (14h30m e 15h no horário de Brasília), cercado de uma ansiedade coletiva em torno da concretização das promessas de mudança que o colocaram no topo do poder da única superpotência que ainda resta no planeta. Ele assume no rastro de uma onda de otimismo que tomou conta do país no meio de uma crise econômica sem precedentes em 80 anos, que sela o fim da era Bush. Passada a euforia da cerimônia de posse do primeiro presidente negro – eleito quase um século e meio após a abolição da escravatura, por Abraham Lincoln, e apenas 40 anos depois do fim da luta contra a segregação racial -, as atenções estarão voltadas às suas primeiras medidas para retirar o país do atoleiro econômico e, ao mesmo tempo, recuperar o seu prestígio internacional. Na empreitada de reerguer a economia, um pacote de US$ 825 bilhões vem sendo preparado, com a criação de 4 milhões de empregos. Dar como encerrada a guerra no Iraque e engrossar o poder de fogo dos EUA no Afeganistão são outras prioridades, assim como fechar o polêmico presídio em Guantánamo. Para isso, Obama cortejou a direita e formou um Ministério composto por pragmáticos, com grande experiência na administração pública, e não por ideólogos.
Antigo mercado de escravos recebe plateia da festa
O National Mall, antigo mercado de escravos transformado no parque em frente ao Capitólio que receberá milhões de pessoas para a posse de Obama, simboliza as conquistas do movimento negro hoje. Washington, cidade de maioria negra, acolhe milhares de caravanas, muitas delas formadas por jovens que querem participar deste momento de afirmação do orgulho negro.
Uma retirada de tropas para Obama ver
O Exército israelense acelerou a retirada de suas tropas da Faixa de Gaza, com o objetivo de completar o recuo até o início da noite de hoje, que coincide com a posse do presidente Barack Obama; no horário de Washington (o fuso é de sete horas). O duelo retórico entre Israel e o Hamas continua. Milhares de palestinos começaram a voltar para suas casas, mas muitos deles s6 encontraram ruínas.
Jornal do Brasil
Obama – Reforma começa pela economia
Em tempos de incerteza, Barack Obama, que hoje toma posse da Presidência dos EUA, montou uma verdadeira operação de guerra para salvar a economia. Ainda este mês ele pretende, com ajuda do Congresso liberar US$ 100 milhões de auxílio a proprietários de imóveis inadimplentes e US$ 100 milhões à educação. Nos primeiros 30 dias de governo, seu plano de investimentos em infra-estrutura vai tomar forma, com um pacote de US$ 140 bilhões para o setor, destinados a projetos estaduais e municipais. A saúde ganharia outros US$ 130 bilhões.
Queda-de-braço barra juro menor
O Comitê de Política Monetária do Banco Central começa hoje a decidir sobre a taxa básica de juros. É praticamente consenso que a Selic vá cair, mas a tensão entre o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dificulta uma redução mais acentuada – culpa, segundo analistas, da insistência do Copom em reafirmar a independência do BC. Ontem, Meirellles defendeu o regime de câmbio flutuante.
Emprego tem pior queda em 10 anos
A piora na crise econômica levou o Brasil a registrar em dezembro o pior resultado para o emprego com carteira assinada em 10 anos. O ministro Carlos Lupi cobrou da Fiesp garantias de postos de trabalho.