Folha de S.Paulo
Ganho de banco no país é o mais alto do mundo
No Brasil, o “spread” bancário (diferença entre os juros que as instituições pagam para captar recursos no mercado e os que cobram em empréstimos a clientes) é o maior do mundo e equivale a 11 vezes o praticado nos países desenvolvidos.
PMDB se cacifa para reaver hegemonia no Legislativo
Se a taxa de traição no Congresso não ultrapassar todos os limites possíveis, o PMDB está prestes a voltar a ser hegemônico no Poder Legislativo depois de 16 anos. A legenda entra amanhã na disputa pelas presidências da Câmara e do Senado como a favorita para ficar com o comando das duas Casas.
O senador José Sarney (PMDB-AP) e o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP) divulgaram listas de apoios na sexta-feira que, pelo menos no papel, garantem aos dois os postos no Congresso.
A última vez que o PMDB comandou o Senado e a Câmara ao mesmo tempo foi no biênio 1991-1992, com o senador Mauro Benevides (CE) e o deputado Ibsen Pinheiro (RS). Benevides hoje é deputado federal. Ibsen foi cassado em 1994 na esteira da CPI do Orçamento. Hoje ele voltou a ser deputado.
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Enquete da Folha indica vantagem de Sarney
Em busca de um maior protagonismo na sucessão presidencial de 2010 e da sobrevivência de seu clã no Maranhão, o senador José Sarney (PMDB-AP), 78, chega à disputa pelo comando do Senado Federal amanhã em relativa vantagem em relação a seu adversário, o petista Tião Viana (PT-AC), 47.
É o que mostra enquete feita pela Folha com 71 dos 81 senadores. Em entrevistas ao longo da semana, 41 disseram que votarão em Sarney, contra 26 que declararam sua preferência pelo petista. Outros quatro não quiseram revelar o voto.
Na Câmara, Temer lidera disputa com vantagem de 12 votos
Se depender da palavra de seus colegas, o que historicamente não é muito confiável, o candidato Michel Temer (PMDB-SP) será eleito já no primeiro turno amanhã como novo presidente da Câmara.
Mais da metade dos deputados (269) declarou à Folha apoio ao peemedebista, em enquete realizada entre os dias 19 e 30 de janeiro, que ouviu 410 congressistas (80% dos 513).
Mesmo com apoio oficial de 15 partidos, a margem de segurança de Temer, segundo a enquete, é de 12 votos -ele precisaria de ao menos 257 votos para não levar a disputa ao segundo turno, na hipótese de os 513 deputados estarem presentes.
Assessor de Lula faz campanha por Viana e pode ajudar Temer
O chefe do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, resolveu trabalhar no fim de semana a favor da campanha de Tião Viana (PT-AC) à Presidência do Senado. A Folha apurou que Carvalho telefonou para ministros de diferentes partidos para pedir a mudança do voto de senadores que, em princípio, já estariam fechados com José Sarney (PMDB-AP).
O movimento, se bem-sucedido, pode também ajudar a minar eventuais traições contra a candidatura de Michel Temer (PMDB-SP) na Câmara, já que não são poucos os deputados contrariados com a possibilidade de o PMDB comandar as duas Casas.
Irritados, aliados de Sarney resolveram checar no Palácio do Planalto se a operação de Carvalho conta com o aval de Lula. Ouviram de um ministro que não, e que Carvalho estaria a serviço do PT, não de Lula.
Eleitos vão comandar R$ 5,9 bi e poderão interferir em 2010
Os vitoriosos da disputa, amanhã, pelas presidências da Câmara e do Senado, vão assumir o comando do Congresso com orçamento de R$ 5,9 bilhões para assegurar o trabalho dos 594 parlamentares e gerenciar uma verdadeira "cidade".
Os recursos reservados para bancar com o custo médio mensal de R$ 114.880,44 por deputado e de R$ 35.312,09 por senador são maiores que os orçamentos aprovados por oito Estados do Norte e do Nordeste. São superiores até mesmo à soma dos orçamentos do Acre e do Amapá, que contam neste ano com R$ 3 bilhões e R$ 2,4 bilhões, respectivamente.
No entanto, a eleição coloca em jogo muito mais que a disputa por um orçamento bilionário e o controle de 21,3 mil funcionários. Ao ditar o ritmo de votações e discussões da Câmara e do Senado, os comandantes das duas Casas podem interferir na eleição presidencial de 2010.
Candidatos no Congresso receberam doação de fornecedores da União
Integrantes da base de apoio do governo Lula, 5 dos 6 congressistas que disputam amanhã as presidências do Senado e da Câmara receberam doações de campanha eleitoral em 2006 de fornecedores que obtiveram recursos da União no ano passado.
São ao todo 35 empresas, que juntas receberam R$ 602 milhões em contratos com o governo federal. O cruzamento foi feito pela Folha com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do Portal da Transparência. Os números também foram checados no Siafi, o sistema de acompanhamento de gastos do governo.
O único que recebeu doação, mas cuja empresa não obteve recursos da União em 2008, é José Sarney (PMDB). Ele havia recebido da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) R$ 40 mil para a campanha de 2006, e a empresa recebeu R$ 1,3 milhão da União em 2007.
A maior doação do candidato peemedebista veio do seu próprio partido: R$ 548 mil. Esse tipo de receita é classificada como doação oculta. Isso porque os valores são destinados diretamente ao partido, o que dificulta o conhecimento da origem do dinheiro.
Adversário de Sarney, Tião Viana (PT-AC) arrecadou apenas 10% do que o peemedebista em 2006. Foram R$ 163 mil. Dezesseis dos seus doadores receberam R$ 2,7 milhões da União em 2008.
O Estado de S.Paulo
Atrasos atingem 62% dos projetos do PAC
O ritmo de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal bandeira do governo para aliviar os efeitos da crise mundial na economia brasileira, está longe de atender as carências do País. Levantamento feito pelo Estado, com 75 projetos de logística (portos, ferrovias, rodovias e aeroportos), energia (energia elétrica, transmissão e gás natural) e transporte urbano, mostra que 62% dos empreendimentos estão com o cronograma atrasado.
A pesquisa acompanhou apenas obras que constavam do terceiro balanço do PAC, até janeiro de 2008, e do último, até setembro. De acordo com a amostra analisada, os obstáculos ao avanço do programa, que completou dois anos em janeiro, variam de entraves burocráticos, ambientais, ideológicos a questões financeiras.
PMDB tenta dupla vitória para se cacifar ainda mais rumo a 2010
A Câmara e o Senado elegem amanhã os seus novos presidentes e o PMDB aproveita a troca de comando para, mais do que nunca, tentar se alçar à condição de noiva mais cobiçada pelo PT e PSDB para a eleição presidencial de 2010. A meta é assegurar o comando simultâneo das duas Casas, com as vitórias do deputado Michel Temer (SP) e do senador José Sarney (AP).
Os eleitos terão o controle da pauta de votações e influência política sobre as discussões do Congresso no próximo ano, quando estará em curso o processo de sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Se a sucessão interna no Legislativo pode consagrar a recuperação do PMDB como legenda, fortalecida pela eleição de oito governadores em 2006 e por fazer o maior número de prefeitos em 2008, ao mesmo tempo expõe as suas eternas divergências internas, minando a candidatura própria à Presidência.
Enquete aponta favoritismo de Sarney
Levantamento feito pelo Estado aponta o favoritismo do senador José Sarney (PMDB-AP) na corrida pela presidência do Senado. Dos 81 senadores, 60 responderam à enquete feita durante a semana: 34 declararam voto no ex-presidente da República, 24 apoiaram o petista Tião Viana (AC) e o senador Pedro Simon (PMDB-RS) se disse indeciso. Outros 21 parlamentares não responderam. A eleição para escolher o substituto de Garibaldi Alves (PMDB-RN) está marcada para amanhã, às 10 horas.
A candidatura Viana cresceu nos últimos dias, quando o PSDB apoiou o petista. Os tucanos, que indicavam adesão à candidatura Sarney, mudaram de posição depois de não terem atendidas as suas reivindicações, incluindo cargos na Mesa Diretora e nas principais comissões.
Líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), negou que a adesão tenha relação com cargos: "Não temos fisiologismo em nosso DNA." Um das cadeiras pleiteados pelo PSDB era a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Só traição inédita tira de Temer vitória na Câmara
O deputado Michel Temer (PMDB-SP) chegará amanhã ao plenário da Câmara com promessa de votos suficientes para ser eleito o novo presidente da Casa. Somente uma traição em proporções inéditas na Câmara pode ameaçar sua vitória. Os 14 partidos que apoiam sua candidatura reúnem 421 deputados. Com Temer, estão as maiores bancadas como o PMDB, o PT, o PSDB e o DEM. Mesmo que 166 deles recusem a orientação do partido e decidam votar em outro candidato, Temer ainda terá votos suficientes para derrotar os três adversários – Ciro Nogueira (PP-PI), Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Os três trabalham para levar a eleição ao segundo turno, acreditando que o cenário será outro em nova disputa. Para ser eleito em primeiro turno, o candidato precisa da maioria absoluta dos votos dos deputados que estiverem na sessão. Historicamente, a escolha do presidente na Câmara reúne quase a totalidade dos 513 deputados.
Para ameaçar a vitória de Temer, seus adversários confiam que o voto secreto pode levar muitos deputados a trair o acordo fechado pelas cúpulas dos partidos. A estratégia adotada às vésperas da eleição é estimular o lançamento de candidaturas avulsas para os demais cargos da Mesa Diretora da Casa. Eles apoiam os insatisfeitos com o acerto pró-Temer em troca da traição na última hora. Esses cargos da Mesa (sete titulares e quatro suplências) foram negociados por Temer e líderes dessas legendas para garantir o apoio das bancadas.
Candidatos têm prestígio maior que a produção
Eles são deputados e senadores experientes, dominam os meandros do Congresso e se destacam entre os mais influentes. Quase não faltam, mas, de modo geral, assinam poucos projetos – permeados de homenagens e sessões solenes -, não integram comissões permanentes, nem exercem cargos de liderança. Esse é o perfil que sobressai do trabalho, no atual mandato, dos concorrentes no Senado e na Câmara.
Dono de um patrimônio de R$ 4,3 milhões, segundo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Sarney (PMDB-AP) gastou R$ 1,6 milhão para se eleger senador, em 2006. Faltou a cinco votações nos primeiros anos deste mandato. O cacique – senador desde 1991 – não participou de missões representando a Casa, não integrou comissão permanente nem exerceu função de líder.
Nos dois anos deste mandato – o seu terceiro -, apresentou 15 propostas. São três projetos de lei, um pedido de investigação e 11 requerimentos de homenagens, sessões solenes ou votos de pesar. Destaca-se mais como articulador, que lhe garante a citação na lista dos "100 cabeças do Congresso" do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) há 15 anos.
Tião Viana (PT-AC) está no segundo mandato. Tem patrimônio menor (R$ 23,8 mil) e gastou R$ 163 mil na eleição. De seu gabinete saíram 32 propostas: 14 projetos de lei, 3 propostas de emenda à Constituição, 4 projetos de resolução (dois dão nomes oficiais) e 11 requerimentos – 5 são homenagens, pedido de sessão solene ou voto de pesar. Um requerimento sugeria "voto de aplauso à autora Glória Perez por ocasião do término da minissérie Amazônia."
Igualmente citado entre os "cabeças" do Congresso, ele faltou a duas votações. Representou a Casa em duas "missões": um seminário em Londres e um evento em Nova York. Fez parte da CPI do Apagão Aéreo.
Correio Braziliense
“Aquartele as tropas”
O senador José Sarney (PMDB-AP) mandou um recado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pediu que o governo “mantenha as tropas aquarteladas”, até a eleição para a Presidência do Senado, amanhã. Ele não gostou nada de uma série de movimentos feitos pelo Palácio do Planalto nos últimos três dias em favor da candidatura de seu adversário, Tião Viana (PT-AC). Primeiro foi a pressão para que o PTB, fechado com Sarney, formasse um bloco parlamentar com o PT, de Tião. Depois, a ação de ministros, que entraram em campo pedindo votos para o petista. A gota d’água foi a informação de que outros ministros estavam sendo pressionados a fazer o mesmo.
Na madrugada de sábado, Sarney telefonou para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e reclamou do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, que participou das reuniões de pressão sobre o PTB. Chegou a falar em “traição”. Dilma procurou Carvalho, que se defendeu: “Sou do PT e estou cumprindo meu papel”. Na manhã de sábado, ele avisou a Tião que continuará em campanha. Para evitar um confronto direto, os aliados de Sarney ressalvaram que a briga não era com Lula, mas com a parte do governo que apoia Tião.
Porém, o clima esquentou. “O governo tem de pensar do quadro de depois das eleições e não é bom comprar a briga com o PMDB”, diz um aliado de Sarney. “Ou o Planalto acha que o PSDB vai ajudar a aprovar projetos?”, provoca, numa referência ao apoio oficial da bancada tucana a Tião Viana.
As contas da traição
A campanha do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à Presidência da Câmara dos Deputados conta com apoio oficial de 14 partidos, que representam 427 deputados. Seria mais do que suficiente para lhe garantir a vitória e compor a Mesa Diretoria com as vices e as secretarias como bem entender. Mas o cenário não é róseo, como gostariam os peemedebistas. Os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR), correndo por fora, fazem contas para ver se tem cacife para levar a disputa para o segundo turno, reverter a tendência e sair vitoriosos. A esperança é alimentada pela traição de deputados que fazem parte dos partidos que apoiam Temer ,mas que trabalham dia e noite contra a orientação da cúpula das legendas.
Aldo Rebelo é o candidato oficial do bloco de esquerda, formado por PSB e PCdoB. Os apoiadores de maior expressão do comunista são o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), mas ele conta com simpatizantes do DEM e do PDT. “Não tenho dúvida que vai ocorrer um movimento contrário ao Temer. Ainda não dá para quantificar, mas tenho certeza”, disse o deputado Mário Heringer (PDT-MG).
A busca por traidores é tão voraz que, nas relações de votos dos candidatos, os nomes se repetem. O PRB está na lista de Aldo, Serraglio e de Temer. Um deputados do DEM que prometeu votar no deputado comunista deu a seguinte declaração. “A eleição é individual, sou amigo dos três, mas esta eleição não pode ser baseada em amizade, é em afinidade do projeto político. Se o Michel me liga, eu digo que voto nele, se o Ciro me liga, digo que voto nele e se o Aldo me liga, também digo que voto nele. Para agradar a todos, teria que votar três vezes”, disse esse democrata, que garante arrebanhar votos para o comunista dentro de seu partido. Aldo também conta com a simpatia de um grupo reduzido do PT, que ainda não fechou o voto nele, mas ameaça a dissidência.
Hora de mostrar força
Na briga pelas presidências da Câmara e do Senado vale o peso da aparência. Parecer o favorito pode ser o fator determinante para a definição do embolado quadro eleitoral, onde as dissidências partidárias e as preferências pessoais tornam subjetivos quaisquer resultados de pesquisas sobre o resultado da votação. Conhecendo a necessidade de criar um clima de triunfo em torno de sua candidatura, Michel Temer (PMDB-SP) passou o dia de ontem telefonando para seus aliados e repetindo que acredita no apoio de mais de 320 parlamentares.
“A sensação de vitória tem nos ajudado muito. Estamos ligando para as pessoas e falando das nossas contas. O retorno tem sido bom. Parlamentares de outros partidos começam a nos telefonar para falar que podemos contar com eles. As pessoas querem jogar no time com maior chance de ganhar”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que passou o sábado fazendo campanha ao lado de Temer.
Severino, o cabo eleitoral
Ao telefone, com a voz rouca de quem acabou de acordar, o prefeito de João Alfredo (PE) opina sobre os atributos que os deputados federais esperam do presidente da Câmara. Para ele, nada de demandas coletivas. A receita para vencer a disputa na Casa está no trato pessoal. “Os deputados precisam ser respeitados, tratados com muito carinho, com muita simpatia”, diz Severino Cavalcanti (PP), administrador da cidade a 106km de Recife e ex-presidente da Câmara, deposto do trono em 2005 após denúncia do pagamento de propina a um concessionário, escândalo conhecido como mensalinho.
Apegado a um naco de prestígio que julga preservar na capital do país, o ex-deputado disparou ligações durante esta semana para ajudar a eleger aquele que acredita mais se encaixar no perfil: o aliado Ciro Nogueira (PP-PI). “Ciro tem muito mais afinidade com eles (deputados)”, avalia, durante entrevista ao Correio na manhã da sexta-feira. Severino reestréia na política como administrador de uma cidade de 30 mil habitantes onde o analfabetismo beira 46% e que sofre com o desemprego.
Justiça Militar na berlinda
Ganha espaço no país a discussão sobre o fim dos tribunais de Justiça Militar, que julgam crimes cometidos por policiais militares. Eles existem em apenas três estados — Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais – e estão ameaçados de extinção. O debate ganhou visibilidade quando vieram à tona denúncias do Ministério Público (MP) contra o tribunal gaúcho. A Corte é composta por sete juízes, sendo quatro coronéis da Polícia Militar (PM) e três civis. Eles analisam recursos oriundos da Justiça de 1º grau e têm status de desembargadores.
O caso foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) há um ano, depois que o promotor João Barcelos entrou com representações contra magistrados e um ex-servidor do tribunal. Uma inspeção feita pelo conselho revelou indícios de irregularidades, como nepotismo, pagamentos acima do teto constitucional e excesso de servidores comissionados. Guardado a sete chaves, o relatório da operação pente-fino será apresentado em 10 de fevereiro.
PF investiga fraudes em repasses do FPM no Rio
Policiais Federais de Minas desembarcam amanhã no Rio de Janeiro para a última etapa de investigação do esquema milionário de fraudes na liberação de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que aponta indícios de envolvimento de pelo menos cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas daquele estado. A devassa teve início com a Operação Pasárgada, em abril. A ação da polícia desmontou uma organização criminosa em Minas que reuniria juízes federais, servidores públicos do Judiciário e do Tribunal de Contas, prefeitos, lobistas, gerentes da Caixa Econômica Federal e advogados.
O grupo seria responsável por um rombo de R$ 200 milhões em apenas oito meses. Um dos suspeitos é o juiz federal Welinton Militão, que seria o responsável pela concessão de liminares para a liberação do FPM. Segundo o inquérito, o Instituto de Gestão Fiscal (SIM), que presta assessoria na área de administração municipal, também teria pago propina a servidores públicos fluminenses para garantir a contratação dos serviços sem licitação.
O Globo
Poder de investir em obras e projetos caiu 77% no Rio
Desde 2003, a capacidade da prefeitura do Desde 2003, a capacidade da prefeitura do Rio de investir com recursos próprios em novas obras e projetos para a cidade, sem depender de convênios ou empréstimos, foi reduzida em 77,5% – caindo de R$ 686 milhões para R4 154,1 milhões. A análise, feita pela Secretaria municipal de Fazenda para o prefeito Eduardo Paes, atribui a redução a medidas do ex-prefeito Cesar Maia que levaram ao aumento de gastos com prestadores de serviços, servidores e precatórios, informa Luiz Ernesto Magalhães. Segundo Paes, dos R$ 7,3 bilhões de receitas próprias, sobram apenas 2,1% para investir na cidade – índice que em 2003 chegava a 13,8%. Diante do quadro, o prefeito, que completa hoje um mês de governo, planeja renegociar contratos e contigenciar R$ 1,3 bilhão do orçamento.
Polícia Federal vai combater milícias
A Polícia Federal vai ajudar a Secretaria estadual de Segurança Pública a investigar as milícias. Segundo o novo superintendente da PF no Rio, Ângelo Fernandes Gioia, o intercâmbio deve se dar dentro das atribuições da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), responsável pela repressão à segurança clandestina no estado.
Universal usa crise e cresce no continente
Reportagem feita pelo Grupo de Diários América (GDA), que reúne 11 jornais, revela que a Igreja Universal do Reino de Deus se expandiu pela América Latina com um império de comunicação.
Mangabeira é o campeão das diárias
O ministro Mangabeira Unger passou 97 dias de 2008 viajando pelo exterior (mais de um quarto do ano). Ele recebeu R$ 35.176 em diárias, cerca de três vezes o seu salário.
Os dramas do desemprego
Demissões na CSN, Peugeot Citroen, Michelin, Embraer e General Motors estão mudando a realidade de grandes exportadores do país, no Sul Fluminense e em São José dos Campos (SP). Desde novembro, nas duas regiões, foram dispensados 2.400 trabalhadores. As demissões já afetam as vendas no comércio e a receita com impostos.
Jornal do Brasil
O que fazer contra a crise
A crise internacional tem alterado o comportamento de quem habita o topo da classe média. O planejamento financeiro, refeito para este ano diante das perspectivas sombrias da economia, tornou-se mais conservador. Mesmo investidores agressivos estão comedidos. Especialistas sugerem como planejar, poupar e investir em tempos de incerteza.
Delegacias que são caso de polícia
O Programa Delegacia Legal completa 10 anos no Rio, mas mais da metade as unidades ainda usa máquinas de escrever e 12 mantêm carceragens. Muitos policiais chegam a levar de casa para o trabalho seus próprios computadores e até cadeiras.
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