O Estado de S. Paulo
Ciro assume candidatura e tenta superar Dilma no papel de anti-Serra
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) reiterou ontem a intenção de ser candidato à Presidência e, em encontro com sindicalistas, deu uma mostra do tom de seu provável discurso de campanha de 2010: elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticou as negociações eleitorais entre PT e PMDB e atacou o tucano José Serra.
Ao discursar para líderes da Força Sindical, em São Paulo, Ciro disse, em tom de brincadeira, que Serra é “feio para caramba, mais na alma que no rosto”. Depois, em entrevista, acusou o governador de São Paulo de ter uma “atitude destrutiva” em relação aos adversários. “A conduta dele é feia, de não enfrentar o adversário com linguagem civilizada. No meu caso é uma coisa terrível, até minha conta-salário ele conseguiu que um juiz de São Paulo bloqueasse.”
O bloqueio ocorreu em 2008. Dois anos antes, Ciro foi condenado a pagar uma indenização de cem salários mínimos por ter chamado Serra de “candidato dos grandes negócios e negociatas”. Ontem, o deputado apontou o tucano como representante de “forças criptoconservadoras” da política nacional. “Essa gente quer uma volta ao passado e tem a apologia neoliberal como seu mito.”
Na reunião com sindicalistas, o deputado do PSB arrancou risos ao dizer que, enquanto critica o adversário do PSDB, Dilma aparece em fotos “agarrada” com ele – referência ao encontro entre os dois em um evento do setor imobiliário, anteontem, na capital paulista.
332 congressistas são alvo de ações penais
O número de congressistas que são alvo de investigação ou réus em ações penais no Supremo Tribunal Federal aumentou 68% em pouco mais de dois anos. Segundo levantamento dos jornalistas Thomaz Pires e Edson Sardinha, do portal Congresso em Foco, em abril de 2007 eram 197 inquéritos. Este mês, o número subiu para 332 – 290 contra deputados e 42 contra senadores. As acusações abrangem mais de 20 tipos de crimes.
Rivais pressionam Sarney contra ”decisão eleitoreira”
Adversários na maioria das votações, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), e os líderes da oposição, José Agripino (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), se aliaram e pediram ontem que a direção da Casa cancele o que eles chamaram de “decisão eleitoreira”, a autorização para que os 11 integrantes da Mesa Diretora e mais os 14 líderes dos partidos tenham direito a usar três funcionários comissionados nos escritórios políticos mantidos nos Estados que são as bases eleitorais dos senadores.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse no plenário que a autorização atendia a “todos os líderes”. A nota divulgada ontem pela presidência da Casa, porém, comprova que o termo “todos” refere-se apenas a sete líderes. Um deles, o líder da minoria, senador Raimundo Colombo (DEM-SC), anunciou que vai retirar sua assinatura. Colombo disse ter concordado com o deslocamento dos assessores a pedido do líder do PSB, senador Antonio Carlos Valadares (SE). “Eu não sabia direito do que se tratava, mas como ele disse que todos os líderes tinham concordado, eu não quis ser do contra”. Da tribuna do plenário, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) também pediu que Sarney recue da decisão. Com ironia, ele disse que o “recall” dos líderes mostrou que Agripino, Virgílio e Mercadante não estavam entre “todos” que pediram a medida.
PT reforça agenda de Dilma contra fator Ciro
A sinalização do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que planeja se contrapor ao governador José Serra (PSDB) na corrida presidencial levou o alto comando do PT a aumentar as pressões para colocar na rua a campanha da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Enquanto alguns dirigentes do partido ainda se empenhavam ontem em pedir a Ciro que desista da disputa, outros cobravam agilidade na negociação de alianças e definições da candidatura.
“A candidatura do deputado Ciro Gomes à Presidência da República, se confirmada como tudo indica, levará também o PT a ter que acelerar suas alianças e as definições relativas à candidatura da ministra Dilma Rousseff”, afirmou ontem o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em seu blog na internet, dando a linha da movimentação que tomará conta do partido nas próximas semanas.
O líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), até tentou prometer a Ciro o apoio para que dispute o Palácio do Planalto daqui a oito anos, ao final de um suposto segundo mandato de Dilma. “O Ciro é muito jovem. Daqui a oito anos, por exemplo, ele terá a mesma idade que a Dilma tem hoje. E, então, nós poderíamos apoiá-lo para disputar a Presidência”, disse Vaccarezza, um dos articuladores do convite para que Ciro desistisse da disputa presidencial e concorresse ao governo paulista em 2010.
Ministra cita Hilary como exemplo
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que sua fama de durona e ranzinza deve-se ao fato de ser uma pessoa que assume posições. “Estou num país em que nenhum homem assume suas posições. Quando eu assumo, sou tachada de durona e mal-humorada”, afirmou. A declaração foi feita durante entrevista exclusiva a jornalistas estrangeiros pela manhã na capital paulista. Ao justificar as críticas sobre um eventual mau humor, Dilma voltou a dizer que, no ministério, está cercada de “homens meigos”.
A petista citou a ex-ministra da Grã-Bretanha Margareth Thatcher e a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, como exemplos de mulheres com perfil de liderança e que enfrentam o mesmo julgamento. Fez o comentário, entretanto, com o cuidado de não se comparar a elas.
Em março, a ministra reclamou, em tom de desabafo, dos preconceitos sofridos pelas mulheres em cargos de chefia. Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão em 2010, ela arrancou aplausos em um seminário sobre mulheres ao defender maior participação feminina em órgãos públicos e empresas, e chegou a comentar sua experiência no poder. “Em condições de poder, a mulher deixa de ser vista como objeto frágil e isso é imperdoável. Aí começa a história da mulher dura. É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos”, disse Dilma, na ocasião.
PSDB pressiona governador a assumir já que é o candidato
A cúpula do PSDB quer que o governador de São Paulo, José Serra, assuma de vez a candidatura presidencial, como parte da estratégia para ver se, depois de vitaminado pelas inserções do partido no rádio e na TV, ele pode recuperar as intenções de voto que já perdeu e superar o teto exibido nas últimas pesquisas. O PSDB tem um volume grande de inserções para exibir em rede nacional e nos Estados a partir de outubro e não quer desperdiçar o palanque disseminando dúvidas.
Para pressionar Serra a tomar uma decisão, o comando tucano tem defendido a posição de que “mostrar dois candidatos na televisão é o mesmo que não mostrar nenhum”. A ideia é, sem esconder líderes nacionais, como o governador Aécio Neves (MG), fazer de Serra o personagem central dos próximos programas. Serra, que já teve 42% das intenções de voto (CNT-Sensus de agosto), apareceu com 35% das intenções na última pesquisa CNI-Ibope, divulgada na terça-feira passada.
Tucano ouve vaias no interior
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou que sua candidatura só vai ser definida em 2010 e não quis falar da montagem de sua chapa. “Discutir o vice agora seria um exagero completo”, disse o tucano, após inauguração de obras, no valor de R$ 8 milhões, no Aeroporto de Presidente Prudente. Na cidade do interior paulista, ele foi vaiado por cerca de 50 professores, que reivindicavam reajuste salarial de 27,5%. “É um trololó petista”, disse, irritado com a gritaria. “É uma amolação à paciência de quem discute os problemas da região.” Contidos por uma barreira de policiais, os manifestantes ficaram a 100 metros do palanque, portando faixas com críticas à política educacional. No discurso, Serra falou de futebol. ”Sou o governador de todos os paulistas corintianos, palmeirenses, são-paulinos, santistas e até da Portuguesa de Desportos. Tem alguém da Portuguesa aqui?”, brincou.
Marina briga para manter mandato
A senadora Marina Silva (AC), recém-filiada ao PV, disse ontem, em Fortaleza, que rejeita entregar o mandato ao PT. Foi uma resposta ao deputado cassado José Dirceu (PT-SP), que nesta semana a comparou aos políticos tradicionais e cobrou a devolução do mandato. Marina ainda anunciou que percorrerá o País para debater o desenvolvimento sustentável. Em entrevista à rádio O Povo/CBN, a mesma usada por Dirceu para atacá-la, Marina destacou que foi eleita por suas bandeiras e, por esse motivo, não por conveniência política, trocou de legenda.
A ex-ministra do Meio Ambiente fez questão de frisar que “ainda” não é candidata. Mas garantiu que o PV terá candidato próprio à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É legítimo que tenha a candidatura do Ciro, que tenha a candidatura do PV, que tenha a candidatura do PSOL, dos partidos que querem se colocar para essa disputa. Não vejo porque termos um plebiscito”, frisou.
Meirelles confirma filiação ao PMDB
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não está mais interessado em disputar o governo de Goiás. Mesmo sem descartar nenhuma alternativa política, ele prefere ficar de prontidão para a vaga de vice-presidente na chapa da ministra Dilma Rousseff (PT) ou, então, para disputar uma cadeira no Senado. Esse foi, segundo o presidente interino do PMDB goiano, Adib Elias, o teor da conversa de uma hora e meia que teve com Meirelles, ontem em Goiânia (GO), quando foi acertada a filiação Meirelles ao partido.
A adesão só deve ser oficializada na terça ou quarta-feira da próxima semana. Meirelles decidiu que antes vai comunicar sua decisão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira. Os dois não têm reunião marcada. De acordo com a assessoria de Lula, a conversa pode se dar por telefone, embora nem seja necessária, pois o presidente já sabe da intenção do ministro.
Mendes cobra governo por ”vazamento seletivo de dados”
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, cobrou o governo sobre resultados de inquéritos abertos para apurar supostos abusos a partir de “vazamento seletivo de informações protegidas por segredo de Justiça, de forma a propagar aleivosias e suspeitas fabricadas”. Em ofício ao ministro da Justiça, Tarso Genro, Mendes enumera nove ocorrências que, segundo ele, caracterizam “finalidade de acuar e intimidar magistrados para que não contrariassem, mas se submetessem aos desígnios de agentes que desonram a Polícia Federal e o Ministério Público”.
O questionamento é extensivo ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chefe do Ministério Público Federal. “Diversos foram os casos em que tal procedimento ficou patente, revelando que havia método na aparente insensatez”, assinala o ministro. O ministro cita um caso em que ele mesmo foi alvo. Seu nome teria sido divulgado pela PF, em 2007 – durante a gestão do delegado Paulo Lacerda -, como beneficiário de brindes da construtora Gautama. O investigado era Gilmar de Melo Mendes, ex-secretário da Fazenda de Sergipe. “A informação foi divulgada de modo a induzir a confusão de homonímia.”
Homenagem vira ato de apoio à indicação de Toffoli
José Antônio Dias Toffoli, advogado-geral da União, retornou ontem às Arcadas para receber homenagem da Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, onde se formou e colou grau em 1991 – mas o evento ganhou indisfarçável conotação política e se transformou em ato público por sua indicação à cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Manifestaram apoio a Toffoli o deputado Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, e o ministro Eros Grau, do STF, que foi professor do advogado-geral. No auditório do prédio anexo ao da faculdade o laureado da noite foi cortejado pelos colegas que já o trataram de “ministro do STF”.
Fustigado pela oposição no Congresso, que lhe cobra mestrado e doutorado e o acusa de não ser um notável do direito, Toffoli retribuiu afagos e reverências de Temer. “Queria registrar que o último presidente da República formado pelo Largo São Francisco não foi Jânio Quadros, foi Michel Temer, que já chegou lá, já esteve com a caneta de presidente.”
O deputado, lisonjeado, de imediato sacou a caneta do bolso e assinou moção que a entidade dos ex-alunos está enviando ao Senado para pedir a aprovação do advogado-geral na sabatina. A carta da associação atribui a Toffoli distinções e feitos. “Destaca-se por sua conduta ética e dedicação aos estudos. Sempre honrou o grau de bacharel da USP, pessoa séria, vocacionada para as atividades da Justiça. Recomendamos aos senhores senadores que o aprovem. O Brasil ganhará.”
TCU manda bloquear R$ 5,2 mi de obra do PAC
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ontem a retenção de R$ 5,2 milhões de uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – do governo federal – para construir 1.290 casas populares em Brasília, numa parceria com o governo do Distrito Federal. A obra foi inaugurada no dia 15 de junho pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o governador José Roberto Arruda (DEM). Na ocasião, eles entregaram 32 moradias na Vila Estrutural, bairro pobre de Brasília.
Três meses depois, o TCU identificou sobrepreço de R$ 5,2 milhões, irregularidades na licitação e falhas na execução da obra, avaliada em R$ 72 milhões. O caso foi considerado “grave” pelo ministro Aroldo Cedraz, relator do processo. Segundo ele, houve “inexecução de serviços pactuados ou execução em quantidades inferiores às contratadas”. Os valores deverão ser retidos nos pagamentos feitos à empresa Ericstel Construções Ltda, vencedora da concorrência para construir as moradias, de 41 metros quadrados.
Além de analisar o contrato de todo o projeto, os técnicos visitaram as 32 casas, inauguradas por Dilma e Arruda, e constataram falta de itens previstos e pagos, como soleiras de mármore ou granito, chapiscos e vidros. Segundo a auditoria, não há indicação sobre critérios adotados para preços unitários das 1.290 casas – e por isso teriam ficado “excessivos”.
Os técnicos concluíram que há “fiscalização deficiente” por parte do governo do DF. Em defesa preliminar, a gestão de Arruda alegou que os valores pagos indevidamente seriam descontados no fim do contrato, mas não apresentou garantia disso. “Os elementos apresentados são insuficientes para descaracterizar as irregularidades”, diz Cedraz. “Persiste o risco de dano ao erário.”
Folha de S.Paulo
Depois de empate, Dilma e Ciro já ensaiam ataques
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) trocaram ontem as primeiras farpas eleitorais entre os dois, pré-candidatos na disputa pela Presidência da República. Em eventos distintos em São Paulo, Dilma e Ciro comentaram a sucessão do presidente Lula -que alçou Dilma a candidata do PT e é aliado de Ciro.
Questionada, em entrevista a correspondentes estrangeiros, sobre o crescimento de Ciro na recente pesquisa Ibope -que também indicou a estagnação da ministra nas intenções de voto ao Planalto-, Dilma condenou uma comemoração antecipada. “Sempre que no Brasil alguém tentou sentar na cadeira antes do prazo, deu errado. Isso era dias antes [da eleição]. Eu acredito que é prudente a gente esperar as urnas serem abertas e os votos serem contados”, disse ela.
Ciro comemorou publicamente o resultado da pesquisa, que em um de seus cenários traz o deputado à frente da ministra. Em outro, os dois apareciam tecnicamente empatados. A pesquisa mostrou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na liderança.
Em palestra na Força Sindical, Ciro afirmou que Dilma evita confrontos com o pré-candidato tucano. “Os adversários não são bobos, pelo contrário, estão aí falando “o Lula é meu amigo também”. O Lula não dá mais canelada em ninguém, é Lulinha paz e amor para o resto da vida, e a Dilma entrou na mesma, ainda hoje [ontem] nos jornais estou eu falando mal do Serra, e a Dilma agarrada com ele. Quem quer ser bonzinho sou eu, eu quero ser bonzinho e ninguém deixa”, disse Ciro, em referência a um evento no qual o tucano e a petista se encontraram anteontem em São Paulo.
Ciro também atacou Serra: “A questão não é essa, se ele é feio ou bonito. Eu acho ele feio para caramba, mais na alma do que no rosto”.
Tratamento de ministra está “encerrado”, diz médico
O oncologista responsável pelo tratamento que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) iniciou em abril contra um câncer linfático disse ontem que os exames realizados por ela na quinta-feira mostram que não há mais evidência da doença e que o tratamento terminou. “Ela está sem evidência de doença e com risco baixíssimo de a doença retornar a longo prazo”, disse Paulo Hoff. “O tratamento está encerrado.”
O médico evitou, entretanto, usar a palavra cura -em tratamentos de câncer, em geral espera-se cinco anos sem o reaparecimento da doença para decretar a cura total. “Se você perguntar a minha opinião, [digo que] eu acho que ela provavelmente está curada”, afirmou o médico. Ele comparou a convicção de que um câncer não retornará com a certeza de que uma pessoa nunca será atropelada ao atravessar a rua. “Acidentes acontecem”, disse.
Quércia chama acordo de Temer de “arbitrário”
Defensor da candidatura do governador José Serra (PSDB), o presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, negou ontem que o partido tenha fechado uma aliança em apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Quércia repetiu que é arbitrária uma decisão fora da Executiva do partido. “A decisão do presidente [licenciado] Michel Temer [PMDB] não é a decisão do partido. Sou membro da Executiva e não fui consultado. Como decidem sem uma reunião?”
Na semana passada, Temer cobrou do PT e do presidente Lula uma definição rápida sobre uma aliança nacional com o PMDB para apoiar Dilma. Ele pressionou ainda para que o PMDB ficasse com a vice, posição para a qual é o mais cotado. O PT concordou em anunciar o acordo, provavelmente em outubro. Temer embarca para a Dinamarca na próxima quarta-feira com Lula, na comitiva que defenderá a Olimpíada no Rio em 2016. A ideia é que, na volta, o acordo se torne público.
Ontem, Temer voltou a defender definição imediata, uma “pré-aliança”. Argumentou que foi cobrado por outras lideranças do partido e que, “se não houver a possibilidade da aliança, o que nós vamos sugerir é que o PMDB saia do governo”. Quércia disse que não reconhece a decisão de Temer. “Esse é o desejo de pessoas físicas. Não é uma decisão do partido”. Em reunião com o PMDB nacional, sugeriu que a proposta fosse submetida ao partido. “Cadê as bases?”
Deputados agilizam aprovação da PEC dos cartórios, e CNJ reage
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) percebeu a movimentação da Câmara dos Deputados para a aprovação nos próximos dias da PEC (proposta de emenda à Constituição) 471, que anistia titulares de cartórios que assumiram os cargos sem a realização de concurso público. O órgão emitiu nota pública afirmando que a medida favorecerá apenas aqueles que “há anos se beneficiam indevidamente” dos rendimentos dos cartórios.
A aprovação da PEC poderá tornar inútil uma resolução do CNJ, aprovada em junho, que declarou como vagos os postos de tabeliães e oficiais registradores de cartórios de registro civil, de imóveis, de notas e de protesto não concursados, e exigiu que os Tribunais de Justiça dos Estados realizassem seleções públicas para preencher os cargos. A estimativa do órgão é que atualmente cerca de cinco mil pessoas estejam ocupando vagas em cartórios indevidamente em todo o país.
Caso aprovada, a PEC beneficiaria todo tabelião titular ou substituto no cargo por mais de cinco anos e que ocupava funções no cartório entre 1988 e 1994. Isso porque a Constituição de 1988 determinou concurso de provas e títulos para definir quem comanda os cartórios, mas a regra só foi regulamentada em 1994.
Anúncios que pedem papéis da ditadura vão ao ar amanhã
O governo federal começa a veicular amanhã, ao custo de R$ 13,5 milhões, anúncios em TV, rádios, jornais e revistas para estimular a entrega de documentos sobre a localização de desaparecidos no regime militar (1964-85). Produzida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, a campanha vai durar dois meses e será veiculada nacionalmente em TV e revistas -em rádio, será mais concentrada na região do Araguaia. Os filmes para TV, que contam com a participação de familiares de desaparecidos políticos, foram dirigidos pelos cineastas Cao Hamburguer, João Batista de Andrade e Helvécio Ratton.
Segundo o governo, quem entregar documentos -o que pode ser feito pela internet (www.memoriasreveladas.gov.br)- terá a garantia de anonimato. O material coletado será encaminhado ao Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil -Memórias Reveladas. Para o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, “qualquer que seja a divergência ideológica, histórica política sobre o período, ninguém pode ter divergência sobre o direito de localizar os restos mortais e sepultar”.
Faculdade São Francisco faz homenagem a Toffoli e apoia indicação ao STF
O advogado-geral da União José Antonio Dias Toffoli, indicado pelo presidente Lula para a vaga em aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu ontem homenagem em São Paulo, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde estudou, e obteve o apoio público do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), à sua nomeação. Se for aprovado em sabatina no Senado na semana que vem, Toffoli será o 50º aluno da São Francisco a ocupar o cargo de ministro do STF.
A Associação dos Antigos Alunos da faculdade concedeu o título de associado benemérito a Toffoli e Temer ontem. Segundo a direção da entidade, a decisão sobre a homenagem ao advogado-geral da União ocorreu em agosto, antes da indicação dele à corte máxima do país. Além de representantes da associação, a mesa do evento também contou com o ministro do STF Eros Grau.
No ato, ao saber que a associação dos antigos alunos iria encaminhar um ofício ao Senado apoiando a indicação de Toffoli, Temer, também ex-aluno da faculdade, pediu para assinar a moção de apoio. “Como presidente da Câmara e do partido [PMDB], acompanhei o trabalho de Toffoli na Advocacia-Geral da União. Eu diria que foi um trabalho juridicamente engajado e politicamente desejável.”
ANP exonera agente acusado de montar dossiê contra diretor
Acusado de ser o autor de um suposto falso dossiê contra Victor Martins, diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o agente da Polícia Federal aposentado Wilson Ferreira Pinna foi exonerado ontem do cargo comissionado de assistente na Assessoria de Inteligência que ocupava na agência. O órgão é vinculado à direção-geral da autarquia.
A decisão foi tomada pelo diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, e aprovada pelos demais diretores colegiados da ANP, segundo nota da agência reguladora. O comunicado já foi encaminhado para publicação no Diário Oficial da União. De acordo com a nota, Lima definiu exonerar Pinna após ter sido informado na tarde de ontem, por ofício da Assessoria de Inteligência, que o servidor “foi denunciado pelo Ministério Público Federal como o autor de falso dossiê a respeito da distribuição de royalties”.
A ANP não esclareceu, porém, quais eram as atribuições de Pinna nem se ele tinha autonomia para conduzir uma investigação independente sobre a conduta dos diretores. O dossiê supostamente elaborado por Pinna indicava que Victor Martins teria usado o cargo para favorecer prefeituras que contrataram sua empresa, a Análise Consultoria, na distribuição de royalties incidentes sobre a exploração do petróleo.
Correio Braziliense
Impacto zero nas urnas
Para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “o cara”. “O político mais popular na Terra”, afirmou Obama, em abril passado. Na última quarta-feira, Lula fez um aclamado discurso na abertura da 63ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Cobrou das Nações Unidas uma resposta para a crise financeira global e criticou os subsídios agrícolas e as barreiras comerciais impostas pelos países ricos. Ao longo da semana, o Brasil envolveu-se diretamente na crise institucional hondurenha ao dar abrigo ao presidente deposto, Manuel Zelaya, na embaixada brasileira na capital Tegucigalpa. O recente protagonismo brasileiro em questões de política externa, contudo, não deve ter influência decisiva na escolha do sucessor de Lula nas eleições de 2010.
A avaliação é feita por estudiosos e diplomatas. “Hoje, a política externa não tem peso nenhum no voto do eleitor. O Brasil tem enormes diferenças sociais a resolver e não está ocupada em discutir a fundo essas questões”, afirma o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília (UnB). “Os políticos (1)são pragmáticos e o fundamental para eles é discutir as questões internas”, disse o diplomata Roberto Abdenur, ex-embaixador nos Estados Unidos, segundo quem o debate sobre política externa entrará “de maneira superficial” na campanha do próximo ano (leia mais sobre eleições na página 7). “A minha impressão é de que o tema política externa nunca fez parte de uma agenda eleitoral”, sustenta ex-embaixador Marcílio Marques Moreira. “É um fato negativo em nossa história política”, completa.
As opções de voos de Meirelles
O presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles, desembarca no PMDB como uma reserva técnica do partido para vários voos. Se tudo correr bem no que se refere ao acordo que o comando partidário pretende fechar com o PT para 2010, ele será mesmo candidato ao Senado em Goiás em parceria com o prefeito de Goiás, Íris Rezende, candidato ao governo. Se o acordo com o PT fracassar antes da temporada de convenções para a escolha de candidatos — o que a cúpula do PMDB não deseja —, Meirelles pode ser candidato a presidente(1) da República, conforme vários peemedebistas disseram ao Correio em conversas reservadas.
Para candidato a vice-presidente na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, os comandantes peemedebistas têm outros planos e usam até uma expressão bem popular para se referir às chances do ministro “não dá para chegar no ônibus cheio e querer sentar na janela”. Esse mesmo raciocínio não vale para a corrida presidencial porque todos os nomes citados para a vice têm um plano B muito mais factível do que a Presidência. E Meirelles, na qualidade de presidente do BC, teria toda a memória técnica para fazer o contraponto com a oposição em temas como câmbio e taxa de juros.
Briga de partidos
A uma semana do prazo final para os candidatos em 2010 se filiarem a um partido político, as brigas dos bastidores prometem deixar sequelas em vários partidos. O líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), por exemplo, atacou o presidente do diretório paulista, Orestes Quércia, por conta do veto à filiação do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf. “Quércia tem um discurso em Brasília e outro em São Paulo. Não quer democracia por lá e nem deixar o partido crescer”, afirmou Alves.
Skaf quer um partido para concorrer ao governo estadual. Quércia, no entanto, já se comprometeu a apoiar o candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes. Só não fará esse movimento se o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, decidir concorrer. Nesse caso, o compromisso de Quércia será com o DEM de Kassab, uma vez que a saída do prefeito dá ao PMDB o comando da prefeitura paulistana, o terceiro maior orçamento do país. Foi Quércia quem indicou a vice-prefeita da capital paulista, Alda Marco Antônio.
Resta agora ao presidente da Fiesp um caminho para o PR, legenda sem tanto tempo de TV. Skaf havia tentado ainda o PSB, mas recuou depois que o partido se voltou a uma possível transferência de Ciro Gomes para São Paulo e colocou como uma outra hipótese, caso isso não ocorra, apoiar um candidato do PT em São Paulo.
Outro partido que começa a ficar estremecido em função do troca-troca partidário é o PSDB. O ingresso do vereador Gabriel Chalita no PSB é visto como uma avenida aberta para o ex-governador Geraldo Alckmin seguir pelo mesmo caminho, caso José Serra saia do governo de São Paulo para concorrer à Presidência da República e o candidato tucano à sucessão estadual seja Aloysio Nunes Ferreira.
FAB apresenta mais um Aerolula
O governo brasileiro aposentou ontem um dos aviões utilizados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Embraer 190, adquirido por R$ 87 milhões, substituirá uma das aeronaves Boing 737-200, em atividade desde a década de 1970. “No Brasil, eles têm um apelido evocativo”, afirmou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre as “sucatinhas”, como as aeronaves são conhecidas. Em seu discurso, Jobim deixou claro que a intenção do governo brasileiro ao comprar um avião da Embraer é valorizar a indústria nacional.
“É fundamental que a gente saiba que o Brasil tem condições de constranger o mundo”, afirmou em solenidade de entrega do avião, na Base Aérea de Brasília, ao lado do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. A “sucatinha” substituída ontem será vendida pelo governo brasileiro — a outra aeronave será trocada por um novo Embraer 190 no próximo ano. O custo total da compra foi de R$ 211 milhões — e mais da metade do valor já foi entregue à Embraer. A quantia inclui ainda despesas com a manutenção e o suporte técnico dos aparelhos.
Suposto autor de dossiê é demitido
Quatro meses após ser denunciado por violar o sigilo fiscal de 10 pessoas, entre elas o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, e grampear ilegalmente o ramal telefônico do então superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Jefferson Paranhos, o agente da Polícia Federal aposentado Wilson Ferreira Pinna foi demitido ontem do cargo de assistente administrativo perante a Assessoria de Inteligência da ANP.
Apesar de Pinna ter sido denunciado em maio, apenas ontem o chefe do Setor de Inteligência da ANP, o delegado federal Jorge José de Araújo Freitas, comunicou o diretor-geral do órgão, Haroldo Lima, sobre o fato. Imediatamente, Lima dispensou o funcionário.
Na manga, 11 cartas novas
Na briga pela criação da CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a oposição guarda na manga 11 assinaturas de deputados para apresentar caso o governo consiga convencer 10 parlamentares a retirar o apoio à investigação. O requerimento de criação da CPI conta com o apoio de 181 deputados e 28 senadores. O mínimo para iniciar os trabalhos é de 171 e 27, respectivamente. Até agora, a estratégia do governo de esvaziar a CPI não tem dado muito resultado, pois só dois parlamentares retiraram o apoio.
A oposição partiu para o contra-ataque por trabalhar com a hipótese de que o governo conseguirá enterrar a CPI. Os agentes governistas conseguiram apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que adiou para a próxima semana a leitura do requerimento que pede a investigação em cima dos sem-terra. Uma vez lido em plenário, a CPI é considerada criada, aguardando apenas a instalação dos trabalhos.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), autor do requerimento da CPI, afirmou que passou a coletar assinaturas novamente depois da ação do governo. O deputado gaúcho não quis revelar quantos assinaram o requerimento, mas outro parlamentar do DEM, que também o ajuda a coletar o apoio, revelou que, até ontem, 11 deputados que não assinaram o documento original foram convencidos a endossar a CPI.
O Globo
Dilma: ‘No governo, eles não têm posição’
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que os homens no governo não assumem sua posições e, com isso, seu jeito “assertivo” acaba lhe rendendo uma fama de durona e “ranzinza”. Em uma entrevista coletiva apenas para correspondentes estrangeiros em São Paulo, a ministra queixou-se da forma como as mulheres são tratadas na política.
– Participo de um governo no qual nenhum homem é assertivo; não assumem suas posições. Sua uma mulher dura, cercada de homens meigos, mas já me conformei – disse a ministra, segundo a agência Associated Press, que participou da entrevista.
Comparada pelos jornalistas a uma versão sul-americana da dama de ferro, simbolizada na imagem da ex-primeira-ministra britânica Margareth Tatcher e na secretária de Estado dos Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton, Dilma afirmou: – Elas são mulheres que assumiram a liderança em seus países, com posições que vão do liberalismo ao conservadorismo, mas, por serem mulheres, são tratadas de maneira tendenciosa.
Dilma evitou falar como candidata à sucessão presidencial e, durante toda a entrevista, falou em “candidato do governo”, mas disse confiar que o nome escolhido por Luiz Inácio Lula da Silva deverá aproveitar os índices de popularidade do presidente e do governo, de 80% e 70% respectivamente, segundo as últimas pesquisas.
– Qualquer que seja o candidato, tem grandes perspectivas para mostrar que fizemos um excelente trabalho – disse ela.
… E Ciro diz que Serra é ‘feio pra caramba’
Depois de voltar a defender duas candidaturas governistas na disputa presidencial de 2010, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) atacou ontem em São Paulo o governador paulista José Serra (PSDB), pré-candidato da oposição. Segundo ele, o tucano “é mais feio na alma do que no rosto” por ser “truculento” com os adversários.
– Ele é feio pra caramba! Mas feio na alma do que no rosto. Ele tem uma truculência ao se relacionar com seus adversários. Até minha conta pessoal de salário ele conseguiu que um juiz de São Paulo bloqueasse – disse Ciro, sem entrar em detalhes.
Falando em reunião da direção executiva da Força Sindical, para cerca de 200 sindicalistas, Ciro acusou Serra de inibir o diálogo com “atitude destrutiva”: – A conduta pessoal dele em relação aos adversários é uma conduta feia, de não enfrentar com linguagem civilizada. Uma atitude destrutiva, que inibe o diálogo. Para mim é horrível.
Procurada, a assessoria de Serra não havia retornado até a conclusão desta edição.
Durante o discurso aos sindicalistas, em tom de brincadeira criticou até a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, pré-candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. – Ontem (quinta-feira) estava eu falando mal do Serra, e a Dilma agarrada com ele – brincou, referindo-se às fotos nos jornais de ontem que mostrava clima de cordialidade entre ambos. – Dilma está seguindo o estilo “Lulinha paz e amor” – disse Ciro.
Mensalão: 40 políticos fogem de prestar depoimento como testemunha
Dos 65 políticos listados como testemunhas de defesa do processo do mensalão em Brasília, apenas 25 responderam aos apelos da Justiça. Seis prestaram depoimento, 19 estão com o interrogatório marcado, e 40 sequer responderam à pergunta sobre onde e quando gostariam de ser interrogadas, um benefício a quem tem prerrogativa de foro.
Entre os que se esquivam estão 32 deputados, quatro senadores e quatro ministros de Estado – como a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro das Relações Institucionais e futuro ministro do Tribunal de Contas da União, José Múcio.
Ontem, a juíza federal Pollyana Alves, designada para tomar os depoimentos em Brasília, enviou ofício ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), para informar a situação. Há suspeita de que alguns réus estejam manipulando atrasos para apostar na demora da investigação. Com isso, aumenta o risco de haver prescrição dos crimes antes mesmo do julgamento final. Preocupado com o atraso no cronograma das investigações, o ministro estuda que medida vai tomar.
Contra TSE, novos vereadores assumem em Goiás
Com foguetório na rua, a Câmara Municipal de Bela Vista de Goiás, interior goiano, deu posse ontem aos primeiros dois suplentes beneficiados pela criação de mais 7.623 vagas de vereador no país.
Com 22 mil habitantes, a cidade viu o Legislativo municipal crescer de nove para 11 cadeiras, e passou a contar com um representante que recebeu menos de 400 votos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou que irá ao Supremo Tribunal Federal para impedir a convalidação da posse de suplentes e adiar a multiplicação de cargos para as eleições de 2012.
O presidente da Câmara Municipal de Bela Vista de Goiás, Eliézer Fernandes (DEM), que também preside a União dos Vereadores de Goiás, festejou o “pioneirismo”: – Foi um sucesso. Nossa cidade tem a terceira maior bacia leiteira do estado e precisava de mais representatividade. Sinto-me como alguém que deu o exemplo ao país.
Segundo ele, a população não gostou, mas ele diz ter convencido boa parte dos eleitores: – Ontem mesmo participei de um programa de TV e fui nocauteado ao defender o aumento de vagas, mas isso muda quando a gente explica corretamente para as pessoas. Se deixar, o povo também defende o fim do Senado e da Câmara.
Perereca para principal obra do PAC no Rio
Para salvar uma perereca em extinção e em fase de acasalamento, o estado parou sua principal obra no PAC – o Arco Metropolitano. A Physalaemus soaresi vive na mata onde está sendo feita a obra.
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