Época
Nova acusação grave contra Renan
“Mais uma denúncia complica a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros. Desta vez, as acusações envolvem cobrança de propina, desvio de dinheiro público e chantagem. Bruno Brito Lins, afilhado de Renan, afirmou, em depoimento à Polícia Civil de Brasília, que buscou sacolas de dinheiro para o senador. Uma delas teria R$ 3 milhões. Ele confirmou as acusações em entrevista exclusiva a ÉPOCA. A verba seria desviada de ministérios chefiados por pessoas do PMDB, partido do senador.
De acordo com Bruno, o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, seu ex-sogro, montou um esquema de arrecadação de dinheiro para o presidente do Senado em ministérios chefiados por pessoas indicadas pelo PMDB, como a Previdência Social e a Saúde. Bruno disse à polícia – e confirmou em duas conversas gravadas com ÉPOCA – que, em pelo menos seis ocasiões, foi pessoalmente buscar o dinheiro da suposta propina.”
Leia também
Veja
Renangate: a testemunha-chave
“Advogado diz que Renan Calheiros é sócio de lobista que armou golpe contra fundo de pensão e distribuiu dinheiro ao deputado
Na semana passada, Veja teve acesso a um depoimento prestado à polícia pelo advogado Bruno Brito Lins. Através dele pode-se concluir que as ligações de Renan Calheiros com lobistas não se restringem a Gontijo e, mais uma vez, vão além da amizade desinteressada. Renan é sócio e parceiro de lobistas em negócios que envolvem pagamento e recebimento de propina. Bruno Lins foi casado com Flávia Garcia Coelho, funcionária do gabinete de Renan Calheiros e filha do lobista Luiz Garcia Coelho. As ligações entre eles são tão íntimas que Renan Calheiros foi padrinho do casal, a convite do lobista. Foi nesse ambiente que, durante anos, Bruno Lins testemunhou de perto a articulação de negócios escusos do grupo e, segundo conta, chegou a transportar pessoalmente malas de dinheiro que eram entregues a políticos e funcionários do governo. Nos principais trechos do depoimento, que está sendo investigado pela Polícia Federal, o advogado descreve a sociedade que existe entre o ex-sogro e Renan e fornece detalhes das operações clandestinas.”
O Estado de S.Paulo
Irritado, Lula avisa PT que não quer ato de desagravo aos mensaleiros
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o grande ausente na abertura do 3º Congresso do PT, na noite de ontem. Irritado ao saber que petistas fariam um desagravo ao ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e ao deputado José Genoino (SP), réus no processo criminal aberto há quatro dias pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele mandou um recado aos dirigentes do PT: disse não querer ver o escândalo do mensalão invadindo o encontro, que vai até amanhã. Lula faria a abertura do congresso à noite, mas adiou o pronunciamento para hoje. Ficou muito contrariado ao saber que integrantes do antigo Campo Majoritário pregaram o desagravo aos petistas acusados de corrupção ativa e formação de quadrilha, embora seja pessoalmente solidário a alguns deles.”
Em nota, Exército defende Lei da Anistia
“Com uma nota oficial redigida em tom conciliador, o Exército decidiu ontem se contrapor ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e mostrar que não aceitou a ordem para não fazer comentários sobre o lançamento do livro Direito à Memória e à Verdade, lançado em solenidade oficial, na quinta-feira, no Palácio do Planalto. A decisão saiu de uma reunião extraordinária do Alto Comando do Exército que juntou, em Brasília, ontem, das 13 às 17 horas, todos os 15 generais de quatro estrelas. No discurso de anteontem, referindo-se às Forças Armadas, Jobim havia dito que “nenhum indivíduo” reagiria ao lançamento do livro publicado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, do Ministério da Justiça. Disse ainda que quem reagisse “teria resposta”. O livro, para comemorar os 28 anos da Lei da Anistia, é a versão oficial sobre os presos políticos que desapareceram durante o regime militar (1964-1985).”
Folha de S.Paulo
Processo a ministro do STF será inédito
“O ministro Eros Grau decidiu que vai processar, por crime de calúnia, seu colega de STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, e já escalou o advogado José Gerardo Grossi, ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para representá-lo, segundo a Folha apurou. Se a ação for levada adiante, será a primeira vez na história do tribunal que um ministro processa o outro. Em mensagem eletrônica trocada com a ministra Cármen Lúcia, revelada pelo Globo, Lewandowski sugeriu que Grau iria rejeitar a denúncia contra os 40 acusados do mensalão em troca da indicação, pelo governo, de Carlos Alberto Direito ao STF. Mas Grau acolheu a denúncia. Procurado ontem pela Folha, Grau sinalizou que está disposto a levar a briga para o tribunal ao ser perguntado se iria interpelar o colega. "Não é preciso interpelação em processo de calúnia, vai direto”."
Ministro há um mês, Jobim tem primeira crise com militares
“Seis dias depois de completar um mês no cargo, o ministro da Defesa, Nélson Jobim, enfrentou ontem a primeira crise militar no cargo. O Alto Comando do Exército se reuniu extraordinariamente e divulgou nota reagindo contra o lançamento de um livro sobre tortura no regime militar. "Fatos históricos têm diferentes interpretações", afirma o texto. A nota condena a possibilidade de mudança na Lei da Anistia para permitir o julgamento de militares envolvidos com torturas e mortes durante a ditadura de 1964, como ocorreu no Chile e na Argentina. "A Lei da Anistia, por ser parâmetro de conciliação, produziu a indispensável concórdia de toda a sociedade (…). Colocá-la em questão importa em retrocesso à paz e à harmonia nacionais", diz a nota, assinada pelo comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, que a entregou a Jobim.”
Correio Braziliense
Renan trama agora a pizza à suprema
“Orientado por advogado, Renan descarta ida ao Supremo, temendo mais um fiasco na tentativa de amordaçar o Conselho de Ética. Mas dá a deixa para que o serviço seja feito por algum aliado, como Quintanilha. A trama é para impedir, a todo custo, que seja aprovado o relatório que recomenda sua cassação.”
PT propõe a extinção do Senado
“A proposta foi defe