Época
Qual é o futuro de Palocci?
O caminho mais seguro para Palocci é uma tentativa de reeleição para a Câmara e uma participação na campanha de DilmaA decisão do Supremo Tribunal Federal, na última quinta-feira, de não abrir processo contra o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, no caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, é um passo decisivo para a volta ao palco político de um dos mais importantes auxiliares do presidente Lula em seu primeiro governo. Palocci tem um mandato de deputado federal, mas está recolhido aos bastidores desde que foi atingido pela suspeita de ter ordenado uma devassa nas contas de Francenildo e o vazamento de informações sobre depósitos de R$ 35 mil – na ocasião, ÉPOCA teve acesso a esses documentos e, depois de ouvir a versão de Francenildo, publicou a notícia. Agora, com o caso encerrado, Palocci está diante da perspectiva de retomar um lugar de destaque na política.
Depois da decisão do Supremo, as especulações sobre o futuro de Palocci incluíam vários cenários: 1) uma candidatura presidencial como um plano B para uma eventual substituição da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a ungida por Lula para ser o nome do PT a sua sucessão; 2) uma nomeação para exercer um cargo de ministro nos 16 meses restantes do governo Lula; 3) uma candidatura ao governo de São Paulo, onde o PT não tem nomes fortes para a eleição do próximo ano.
O enigma do Ceará
Arthur, João Victor, Levindo e Thalys, selecionados para uma Olimpíada Internacional de Química. Eles estudaram 20 horas extras por semanaO Ceará é o maior medalhista brasileiro em olimpíadas acadêmicas nacionais e internacionais. Seja matemática, física ou biologia, a proporção de títulos cearenses impressiona. Dos 670 alunos que obtiveram medalhas em competições desse tipo nos últimos anos, 260 eram do Ceará. No vestibular do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, considerado o mais difícil do país, 30% das vagas, todos os anos, ficam com estudantes cearenses. Particularmente em química, os cearenses são craques. Nos últimos quatro anos, todos os representantes brasileiros nas Olimpíadas Internacionais de Química saíram do Ceará – passando por seletivas que envolvem a cada ano 164 mil estudantes e 5.600 escolas do país. O Ceará já conquistou 52 medalhas internacionais em química – entre disputas mundiais e ibero-americanas. Piauí, o segundo colocado, tem apenas nove.
Esse desempenho indica a excelência do ensino cearense, certo? Errado. Os alunos do Estado têm média inferior à brasileira. No Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, que avalia o que se aprendeu durante a vida escolar, o Ceará está abaixo da maioria dos Estados. Se a estrutura do ensino deixa tanto a desejar para a grande maioria dos jovens, como alguns dos melhores estudantes do país surgem lá?
Negócios e doações
Um submarino Scorpène no estaleiro da DCNS na França (ao lado) e o senador César Borges (à dir.). A Odebrecht é um ponto comum entre a empresa e o parlamentarA parceria militar entre Brasil e França terá seu ápice no dia 7 de setembro. O presidente Nicolas Sarkozy estará em Brasília para acompanhar as comemorações da Independência e assinar contratos de vendas de submarinos e helicópteros. Ele poderá receber ainda a notícia de que a Aeronáutica brasileira prefere comprar 36 caças supersônicos franceses, em vez de modelos americanos ou suecos. Dessas aquisições, a mais cara é a de cinco submarinos Scorpène, produzidos pela empresa estatal francesa DCNS: cerca de R$ 18 bilhões por quatro unidades convencionais e uma movida a propulsão nuclear. Considerado pelo governo como peça importante para a proteção das riquezas encontradas ao longo do litoral brasileiro, como o petróleo do pré-sal, o acordo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Sarkozy sobre os submarinos é cercado de polêmicas.
Uma delas é a contratação da empreiteira Odebrecht, pela DCNS, para construir uma base naval e o estaleiro onde serão produzidos os submarinos no Brasil, com custo estimado de R$ 4,8 bilhões. Na avaliação do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que pertence à Comissão de Defesa da Câmara dos Deputados, não houve transparência na escolha da empreiteira. “Ninguém sabe se outra empresa faria o mesmo serviço por um preço mais baixo”, afirma. A Marinha diz que a escolha da Odebrecht foi de responsabilidade da DCNS.
O papel de Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou ignorar as exonerações em massa na Receita. Mas suas digitais estão na origem da criseEm 41 anos de existência, a Receita Federal ganhou a merecida condição de rara ilha de excelência do Estado brasileiro. Nas últimas semanas, contudo, seu funcionamento produziu cenas de um espetáculo de circo. Numa evolução previsível, por meio da qual o poder sindical transforma um órgão público em palco de disputa política, funcionários nomeados por Lina Vieira, a secretária da Receita demitida há seis semanas, depois de passar 11 meses no cargo, decidiram rebelar-se contra Otacílio Cartaxo, indicado pelo governo Lula para ser o novo chefe da Receita.
Numa sucessão de atos ruidosos, 12 aliados de Lina assinaram uma carta divulgada pelos jornais, em que diziam que se afastariam por haver uma ruptura na gestão. Eles afirmam ter aceitado participar da administração da Receita por ter acreditado na possibilidade de uma gestão mais republicana, com autonomia técnica e imune às ingerências e às pressões de ordem política ou econômica. Demonstrando uma articulação típica de quem detém um poder de organização à margem da estrutura administrativa do Estado, o passo seguinte foi mobilizar dezenas de auditores, supervisores e fiscais – que multiplicavam pedidos de renúncia e outros gestos “de protesto”, sob medida para elevar a temperatura interna da instituição e desmoralizar os novos dirigentes.
Liderança incômoda
Profissionais da saúde do Paraná usam máscaras em manifestação pela prescrição do Tamiflu, em 30 de julhoEm Curitiba, o álcool gel se tornou item obrigatório em bares, restaurantes e banheiros. Tendas de lona foram erguidas na frente dos hospitais. Nas ruas, trabalhadores usam máscaras, assim como os caixas de mercados, porteiros de edifícios e vendedores nas lojas. Esse clima de medo tomou conta da cidade porque, com 151 mortos, o Paraná tem a maior taxa de óbitos por gripe suína do país. É 1,41 morto a cada 100 mil habitantes, índice cinco vezes maior que a média brasileira. Superior, inclusive, à taxa de mortalidade argentina, que tem o maior número de mortos por 100 mil habitantes do mundo (leia a tabela).
Um sinal preocupante
O presidente Lula e o papa Bento XVI em novembro de 2008, quando firmaram o acordo sobre a presença da Igreja Católica no BrasilNa pressa, a Câmara dos Deputados aprovou na semana passada dois textos extremamente controversos sobre as relações entre religião e Estado. Foi uma demonstração preocupante de como os deputados lidam com temas delicados, que dizem respeito aos interesses de todos os brasileiros. O primeiro foi um acordo entre o Brasil e o Vaticano sobre vários aspectos da presença da Igreja Católica no país. O segundo foi uma lei geral para todas as religiões, como forma de compensar a aprovação do acordo com os católicos.
A história da aprovação dos dois textos começou em 2008, quando diplomatas brasileiros e representantes do Vaticano passaram a discutir um acordo diplomático com o objetivo declarado de “regulamentar a relação entre o governo brasileiro e a Igreja Católica”. Entre outros pontos, o documento acertado entre as partes reafirma a isenção fiscal das instituições eclesiásticas, estabelece parâmetros para o ensino religioso em escolas públicas, responsabiliza o Estado pela conservação do patrimônio cultural católico e garante a isenção da Igreja no cumprimento de obrigações trabalhistas com padres, diáconos e voluntários.
Veja
Por dentro do cofre do MST
Assertivos do ponto de vista ideológico, os líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra são evasivos quan-do perguntados de onde vêm os recursos que sustentam as invasões de fazendas e manifestações que o MST promove em todo o Brasil. Em geral, respondem que o dinheiro é proveniente de doações de simpatizantes, da colaboração voluntária dos camponeses e da ajuda de organismos humanitários. Mentira. O cofre da organização começa a ser aberto e, dentro dele, já foram encontradas as primeiras provas concretas daquilo de que sempre se desconfiou e que sempre foi negado: o MST é movido por dinheiro, muito dinheiro, captado basicamente nos cofres públicos e junto a entidades internacionais. Em outras palavras, ao ocupar um ministério, invadir uma fazenda, patrocinar um confronto com a polícia, o MST o faz com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros e com o auxílio de estrangeiros que não deveriam imiscuir-se em assuntos do país.
VEJA teve acesso às informações bancárias de quatro organizações não governamentais (ONGs) apontadas como as principais caixas-fortes do MST. A análise dos dados financeiros da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), da Confederação das Coo-perativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab), do Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec) e do Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac) revela que o MST montou, controla e tem a seu dispor uma gigantesca e intrincada rede de abastecimento e distribuição de recursos, públicos e privados, que transitam por dezenas de ONGs espalhadas pelo Brasil.
O legado de Aécio em concreto
Na década de 40, Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, mudou o eixo de desenvolvimento da capital mineira para o norte. Com o objetivo de ocupar uma área pouco habitada, o futuro presidente da República encomendou ao arquiteto Oscar Niemeyer, ainda um desconhecido, o complexo que embeleza a Lagoa da Pampulha. Niemeyer projetou um cassino (hoje, um museu), um salão de baile, o Iate Clube e a Igreja de São Francisco de Assis, um marco da arquitetura moderna brasileira. Na década seguinte, Juscelino e Niemeyer repetiriam a parceria na construção de Brasília. Setenta anos depois, o governador Aécio Neves retomou o projeto de JK. Em dezembro, abrirá as portas da Cidade Administrativa Tancredo Neves, no limite norte de Belo Horizonte, perto do Aeroporto de Confins. Também desenhada por Niemeyer, ela abrigará a nova sede do governo mineiro.
Palocci de volta ao jogo
Há duas semanas, o presidente Lula convidou o deputado federal Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, para uma conversa a dois no Palácio da Alvorada. No encontro, Lula falou sobre a tendência do Supremo Tribunal Federal (STF) de arquivar a denúncia contra Palocci por envolvimento na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa – o que de fato acabou acontecendo na semana passada. Falou também que, sem o fantasma do caseiro a assombrá-lo, era hora de o ex-ministro pensar no futuro – e o seu futuro, como tudo no universo petista, passa primeiro pelos planos do próprio presidente Lula. Palocci foi escalado pelo presidente para ocupar o papel de candidato-reserva do Planalto em 2010. Isso não quer dizer que Dilma Rousseff, a candidata oficial, será preterida. Mas o presidente quer estar preparado para uma eventualidade. A estratégia articulada é lançar oficialmente Palocci como candidato ao governo de São Paulo. Isso daria ao ex-ministro visibilidade e ainda aglutinaria uma parte do PT.
O bote do leão sindical
O ex-ministro José Dirceu, quando era o todo-poderoso chefe da Casa Civil e o ideólogo do governo, pregava que o PT só teria controle absoluto da máquina quando seus quadros estivessem no comando da Polícia e da Receita Federal. Em 2008, o ex-secretário Jorge Rachid, sobrevivente da turma que reinava no governo anterior, foi demitido. Os petistas enxergaram ali uma oportunidade, e o aparelho sindical entrou em ação. Além de instalarem Lina Vieira no comando do Fisco, eles ocuparam também os principais postos do órgão. Na semana passada, em solidariedade à ex-chefe, demitida sem explicações há dois meses e envolvida numa polêmica com a ministra Dilma Rousseff sobre um suposto pedido de favorecimento à família do senador José Sarney, muitos se rebelaram. Doze dirigentes decidiram abandonar seu posto e denunciaram uma suposta interferência política do governo em favor de grandes empresas investigadas pelo Fisco.
Queremos dividir o Brasil?
“Cada homem é uma raça.” A frase, título de um livro do escritor moçambicano Mia Couto, sintetiza a ideia de que cada indivíduo tem sua história, seu repertório cultural, seus desejos, suas preferências pessoais e, é claro, uma aparência física própria que, no conjunto, fazem dele um ser único. Rótulos raciais são, portanto, arbitrários e injustos. Mia Couto, com sua concepção universalista da humanidade, é citado algumas vezes em Uma Gota de Sangue – História do Pensamento Racial (Contexto; 400 páginas; 49,90 reais), do sociólogo paulistano Demétrio Magnoli, recém-chegado às livrarias. Trata-se de uma dessas obras ambiciosas, raras no Brasil, que partem de um esforço de pesquisa histórica monumental para elucidar um tema da atualidade. Magnoli estava intrigado com o avanço das cotas para negros no Brasil e resolveu investigar a raiz dessas medidas afirmativas. O resultado é uma análise meticulosa da evolução do conceito racial no mundo. Descobre-se em Uma Gota de Sangue que as atuais políticas de cotas derivam dos mesmos pressupostos clássicos sobre raça que embasaram, num passado não tão distante, a segregação oficial de negros e outros grupos. A diferença é que, agora, esse velho pensamento assume o nome de multiculturalismo – a ideia de que uma nação é uma colcha de retalhos de etnias que formam um conjunto, mas não se misturam. É o racismo com nova pele.
Uma surpresa no setor de seguros
Tanto quanto a disseminação do crédito, a popularização dos seguros é sinal de amadurecimento econômico de um país. No Brasil, o mercado de seguros tem crescido a um ritmo superior a 10% ao ano. Mas ainda há muito a percorrer para que o uso de seguros pelos brasileiros chegue perto do que ocorre em países desenvolvidos – ou mesmo em alguns vizinhos, como Chile e Argentina. A título de exemplo, apenas quatro em cada dez automóveis brasileiros possuem algum tipo de cobertura, contra oito nos Estados Unidos e cinco na Argentina. O desejo de posicionar-se de maneira vantajosa nessa seara promissora tem motivado, nos últimos meses, negociações entre bancos e seguradoras independentes. Recentemente, o Santander assumiu o controle da seguradora Real Vida. Mas a transação mais expressiva até aqui foi, sem dúvida, a associação da Porto Seguro com o Itaú Unibanco, divulgada na semana passada.
Lá, a bagunça é maior
As seleções do Brasil e da Argentina se enfrentam pelas eliminatórias da Copa do Mundo no próximo sábado, 5, em Rosário, no interior do país vizinho. O time do técnico Dunga é o líder da competição na América do Sul. Já a equipe de Diego Maradona amarga a última posição na zona de classificação do torneio. Ainda que o placar de um único jogo – sobretudo do principal clássico sul-americano – seja sempre imprevisível, a explicação para a diferença no histórico recente das duas equipes pode estar nos campeonatos nacionais, a primeira escala dos candidatos a integrar uma seleção. Aí, o Brasil dá de goleada. Uma enorme crise obrigou a Associação de Futebol Argentino (AFA) a adiar o início do campeonato nacional em uma semana. O motivo foi a impossibilidade de os clubes saldarem suas dívidas com o Fisco, com os jogadores e com os outros clubes.
Carta Capital
A odisseia de Capistrano
Em 3 de outubro de 2008, o notário Erival Capistrano cometeu o imperdoável pecado de afrontar o mais poderoso clã político de Diamantino, Mato Grosso. Eleito prefeito pelo PDT, Capistrano venceu nas urnas, por apenas 418 votos, Juviano Lincoln, do PR, candidato da família do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF. Desde então, manter-se à frente da prefeitura tem sido uma odisseia. Empossado em 1º de janeiro de 2009, ele já foi afastado duas vezes, em um espaço de sete meses, por conta de decisões do Poder Judiciário estadual. Em 31 de março, dois meses depois de empossado, Erival Capistrano teve o mandato cassado pelo juiz Luiz Fernando Kirche, da 7ª Vara Eleitoral de Mato Grosso. O juiz, então recém-transferido para Diamantino, acatou a representação da coligação de Lincoln que acusou o prefeito de aceitar uma doação de campanha de 20 mil reais feita a partir de um recibo com assinatura, supostamente falsificada, do agricultor Arduíno dos Santos. Em novembro de 2008, Santos depôs no Ministério Público e confirmou a doação. Dois meses depois, decidiu mudar o depoimento e negou ter dado o dinheiro para a campanha do PDT.
Livraram Palocci
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, na quinta-feira 27, a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), acusado de quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, quando comandava o Ministério da Fazenda, em 2006. A maioria do plenário decidiu acompanhar o voto de Gilmar Mendes, que também rejeitou a denúncia contra Marcelo Netto, então assessor de Palocci.
Dos três acusados, o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, foi o único a ter o caso remetido para a instância inferior, que dará andamento ao processo. Confirmada a absolvição de Palocci, o ex-ministro passa a ocupar posição de destaque nas apostas políticas. Forte concorrente na disputa para assumir a candidatura petista ao governo de São Paulo, poderia ainda participar da coordenação da campanha presidencial de Dilma Rousseff, na mesma função desempenhada na primeira campanha vitoriosa de Lula.
O impermeável limpo
O rapaz engravatado, já nem tão rapaz assim, que abastece os senhores senadores a cada cinco minutos com providenciais copos orvalhados para refrescar as gargantas de suas excelências depois de tanto discursório na tribuna, é proibido de falar com repórteres. Mas, no fundo do plenário, ele cochicha:
– Uma das cenas mais impressionantes que já vi aqui foi uma vez que o finado senador Antonio Carlos Magalhães bateu a mão num copo e a água voou. O Marco Maciel, que estava do lado, deu três pulinhos para trás e não caiu nem uma gotinha no paletó dele.
É realmente de cair o queixo a habilidade de malabarista do senador do DEM em se manter limpo. Em plena crise no Senado, o magérrimo Maciel não viu resvalar sobre si nada que pudesse manchar a reputação bem cultivada de conservador honesto. Enquanto seus pares à destra e à sinistra eram enredados nos escândalos com uma viagenzinha ao exterior aqui, um neto empregado acolá, Maciel saltitava com seus passos lépidos pelos corredores da Casa. Imaculado.
Leia também