O deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi transferido do prédio da Polícia Federal (PF) em São Paulo para o presídio da Papuda no início da tarde desta sexta-feira (22). Do aeroporto de Brasília, onde chegou pouco depois das 16h, o deputado foi direto para o IML, para fazer exame de corpo de delito e passar por uma perícia médica que avaliará sua condição de saúde, para que a Justiça analise se ele terá ou não direito cumprir a pena em prisão domiciliar.
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Após os exames, ele será levado para para o bloco V do Centro de Detenção Provisória do Complexo Penitenciário da Papuda, conforme solicitação do juiz Bruno Aielo Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF), até que a Justiça decida se ele ficará na papuda ou em sua residência, em Brasília. Na papuda, Maluf ficará numa cela de 30 metro quadrados, com chuveiro e vaso sanitário e capacidade para até dez presos.
O deputado, que teve o salário e os benefícios cortados, ficará preso no bloco destinado a presos vulneráveis na Papuda. Também estão na ala o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-senador Luiz Estevão.
PublicidadePrisão domiciliar
A defesa de Maluf entrou com recurso na Justiça pedindo que sua sentença seja revertida de regime fechado para prisão domiciliar sob os argumentos de que o parlamentar tem mais 80 anos e, além disso, está em tratamento contra um câncer na próstata. Ontem, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido da defesa.
Na decisão, a ministra lembrou que o deputado ainda passará por perícia médica conforme o pedido do juiz da Vara de Execuções Penais. Segundo os advogados, além de câncer de próstata, sofre com um problema cardíaco, uma hérnia de disco e movimentos limitados.
Salário cortado
A assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados informou, na manhã de hoje (sexta-feira, 22), que irá cortar os salários e benefícios de Maluf e Celso Jacob (MDB-RJ). De acordo com a assessoria, além do salário, os deputados atualmente presos terão o auxílio-moradia e verba de gabinete suspensos. Os gabinetes dos dois parlamentares serão desativados e os funcionários exonerados.
Nessa terça-feira (19), o ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a execução da pena do deputado. Ele foi condenado a sete anos e nove meses de prisão em maio deste ano. Após a condenação, o STF já tinha recusado recurso de Maluf e manteve sua condenação em 10 de outubro. Agora, Fachin negou os embargos infringentes, último recurso do deputado.
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