O senador Geraldo Mesquita Jr. (PMDB-AC) anunciou há pouco que, apesar de seu partido ter fechado questão a favor da prorrogação da CPMF, votará contra a proposta do governo. “Vamos soterrar este tributo, que é perverso”, conclamou aos demais colegas.
Em discurso na tribuna do Senado, Geraldo sugeriu ao governo que substitua o chamado imposto do cheque por uma espécie de empréstimo compulsório, pelo qual a União poderia recolher o dinheiro, mas teria de devolvê-lo posteriormente, em alguma medida, ao contribuinte, a exemplo do que ocorre na Argentina.
O peemedebista criticou a decisão da bancada de fechar questão sobre o assunto. “Fechar questão em torno de tributo me causa estranheza. É o tipo de questão que requer convencimento. Com fechamento da questão ou sem fechamento da questão, se não me convencerem dessa decisão, eu me conduzirei pelo que ditar minha consciência e meu precário e parco conhecimento sobre tributo”, afirmou.
A posição de Geraldo Mesquita Jr. derruba a contabilidade apresentada pelo líder do partido na Casa, Valdir Raupp (PMDB-RO), que prometeu 18 a favor da CPMF, dos 20 votos a que a legenda tem direito.
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Segundo Raupp, apenas Jarbas Vasconcelos (PE) e Mão Santa (PI) votariam contra o tributo. Mas, além do senador acreano, o gaúcho Pedro Simon ainda resiste a votar com o governo.
A relatora da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Kátia Abreu (DEM-TO), vai apresentar seu parecer pela extinção do tributo na próxima segunda-feira (12). (Edson Sardinha)