O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, confirmou nesta terça-feira (20) que o diretórios estaduais tucanos de São Paulo e Rio Grande do Sul pediram providências sobre a situação de Aécio Neves no partido.
Na quarta-feira (21), a executiva nacional do PSDB vai se reunir para avaliar admissibilidade dos pedidos de expulsão. O primeiro braço tucano a cobrar a saída de Aécio da sigla foi o diretório municipal de São Paulo em julho.
O presidente do PSDB do estado de São Paulo, Marco Vinholi, deve estar na reunião que vai decidir pelo início ou não da análise de expulsão de Aécio.
O governador João Doria defendeu nesta terça-feira (20) que o Aécio saia do partido: ” O deputado Aécio Neves tem todo direito a formular a sua defesa na plenitude e confiante na sua inocência e confiante também na justiça, mas pode fazê-lo fora do PSDB”.
Doria e Araújo participaram de reunião da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados. O evento foi para apresentar o recém filiado Alexandre Frota.
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O ex-ministro da Cidades e ex-deputado federal Bruno Araújo assumiu o comando do partido em maio uma eleição sem concorrentes e apadrinhado pelo governador de São Paulo, João Doria.
PublicidadeO paulista quer promover na sigla uma mudança de postura e expurgar quadros do partido envolvidos em escândalos de corrupção.
Aécio tem dito a aliados que setores do PSDB promovem uma espécie de Sharia, conjunto de leis islâmicas consideradas excessivamente rigorosas, e que ele quer ser julgado na legenda por algo como o Código Penal Brasileiro.
Leia a íntegra da nota divulgada pelo PSDB gaúcho:
Em carta encaminhada pelo presidente do PSDB-RS, deputado Mateus Wesp, e a Executiva do partido, os gaúchos pedem providências do Diretório Nacional sobre o que será feito, do ponto de vista partidário, sobre o caso Aécio Neves. O PSDB-RS cobra postura firme na abertura de um processo de análise e discussão desse tema. O documento não defende a expulsão imediata de Aécio, mas cobra uma posição em relação à situação dele no partido depois que virou réu, no início de julho, em acusação que tem como base as delações de Joesley Batista, um dos controladores do grupo J&F e ex-presidente do conselho de administração da JBS.
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