O Plenário do Senado confirmou hoje (27), por 53 votos a favor, dois contrários e duas abstenções, a recondução de Antônio Fernando de Souza ao cargo de procurador-geral da República, aprovada hoje, por unanimidade, na Comissão de Constituição e Justiça.
O procurador, que tomou posse em junho de 2005, ficará agora mais dois anos no cargo. Antônio Fernando de Souza foi elogiado pelos senadores pela "independência e imparcialidade" com que conduz seus trabalhos à frente do Ministério Público. Ele foi o responsável, por exemplo, pelo relatório que culminou no afastamento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu durante o inquérito do mensalão.
Leia também
Ao ser questionado sobre o caso Renan, o procurador disse que ainda não possui elementos suficientes para abrir investigação, mas lembrou que "as provas não fogem" e que "não se furtará a tomar iniciativas no momento adequado".
Antônio Fernando de Souza também defendeu a continuidade das escutas telefônicas com autorização judicial, mas criticou que essas provas estejam sendo divulgadas e disse que irá tomar providências para que os responsáveis pelo vazamento das informações sigilosas sejam punidos. (Soraia Costa)
LEIA TAMBÉM
Procurador vai esperar decisão do Conselho de Ética
O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, disse há pouco, na saída da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que não deve tomar nenhuma atitude enquanto forem julgados pelo Conselho de Ética os casos dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Joaquim Roriz (PMDB-DF).
“Eu não vou tomar nenhuma atitude que possa sugerir um juízo de ilegalidade penal e que possa ser usado no juízo político. O tempo do Ministério Público não é o tempo da imprensa. Os elementos que eu disponho são os mesmos que você dispõem do noticiário”.
Segundo o procurador-geral, as decisões políticas são “relativamente rápidas” e que, por isso, ele não vai tomar nenhuma atitude precipitada. Antônio Fernando foi reconduzido ao cargo por unanimidade, com 23 votos dos senadores, 100% do quorum da CCJ.
“Não se pode atuar com atitudes açodadas com questões de decoro político”, declarou o procurador-geral. (Lúcio Lambranho)