Reportagem do jornal Estado de S. Paulo de hoje (31) mostra um dado revelador: dos 90 parlamentares investigados pela CPI dos Sanguessugas, 75 – ou seja, 83,3% – receberam dinheiro na própria conta ou na conta de familiares e parentes. Os congressistas também recebiam a propina na conta de terceiros indicados, em espécie ou na forma de bens e presentes do esquema.
Segundo a reportagem, do grupo de 75 parlamentares, 21 preferiram receber o pagamento em dinheiro vivo. A propina era entregue pelos empresários e funcionários da Planam nos gabinetes, em restaurantes ou na rua. Outros 46 aceitaram que o dinheiro fosse pago por meio de transferência ou depósito bancário. Oito parlamentares ganharam carros, terrenos e presentes do esquema em forma de pagamento.
Dos 90 parlamentares investigados, só contra 15 as indicações de envolvimento são mais frágeis. Em depoimento, Darci Vedoin, dono da Planam, não teria mencionado o nome desses 15 congressistas, embora apareçam em outros documentos ou nas escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal.
De acordo com a matéria, dos 46 que receberam a propina na forma de depósito, 15 tiveram o dinheiro depositado na própria conta bancária ou na de parentes. Em 25 casos, o depósito foi realizado na conta de assessores e em seis foi feito na conta de terceiros indicados pelos próprios parlamentares.
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