O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), fez questionamentos sobre a atuação do Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e de assessores diretos no episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Já no início de sua fala, Rodrigo Maia acusou Thomaz Bastos de querer fazer um debate político entre governo e oposição ao invés de responder aos questionamentos da sociedade.
O pefelista afirmou que assessores de Thomaz Bastos foram à casa de Palocci sob orientação dele e que o ministro da Justiça teria indicado um advogado ao então ministro da Fazenda. Rodrigo Maia queria explicações para o fato do assessor dele – o secretário de Direito Econômico Daniel Goldberg – ter ido à casa de Palocci no dia 16 de março, na noite em que o sigilo foi quebrado.
"Às 23h30, o assessor do Ministro da Justiça vai à casa de Palocci para tratar de boatos de jornais? Que queria coletar mais informações do ministro Palocci? Acho estranho. Ele foi lá em nome de Vossa Excelência.", afirmou Maia.
Logo no início de sua argüição, o ministro da Justiça disse que o líder do PFL estava fazendo um libelo de recortes de jornais e de impressões pessoais dele. Sobre o fato de o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, ter sido chamado à casa de Palocci, Thomaz Bastos declarou: "o doutor Goldberg foi chamado à casa de Palocci, porque o ministro queria saber se a Polícia Federal poderia investigar se o caseiro teria recebido dinheiro para fazer depoimento falso. Essa possibilidade foi recusada".
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Thomaz Bastos considerou natural o fato de ter indicado um advogado a Palocci. "Eu indiquei um advogado ao ministro Palocci, porque não advogo mais, não aconselho e não acoberto. Ele me perguntou se precisaria de advogado. Eu disse que sim. Dizer que eu arquitetei defesas é absolutamente inverídico".