Voltou a ganhar força a pauta para se permitir a recondução dos atuais presidentes do Senado e da Câmara aos cargos, após o fim de seus mandatos. Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) retomaram as articulações nos bastidores.
Em meio à crise de saúde pública, econômica e política, o assunto é um dos mais comentados entre os parlamentares nas conversas de bastidores.
O plano vem sendo construído desde o ano passado. A próxima eleição será em fevereiro de 2021. Mas Alcolumbre e Maia precisam aprovar o quanto antes uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permita a possibilidade de reeleição – que atualmente é vedada.
O que está para ser definido é se vão levar a plenário uma PEC, que já existe na Câmara desde 2003, ou se vão elaborar uma nova para apresentar.
Resistência
No Senado, uma das resistências à proposta é o senador Eduardo Braga (AM), líder do MDB, que tem nos bastidores pretensão a assumir o lugar de Alcolumbre em 2021.
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A pandemia e seus efeitos na economia e na política tiraram num primeiro momento o foco na pauta da reeleição. Assim, em tese, mobilizar os parlamentares para aprovar agora a PEC seria mais complicado.
São necessários dois terços dos votos de deputados e senadores, em duas votações em cada Casa legislativa.
Há parlamentares que dizem oficialmente que não existe espaço no momento para se discutir isso. No entanto, é esperado que a qualquer momento o assunto caia no Plenário.