“Tudo isso será nada se o Michel estiver muito bem, como eu acredito que pode estar; o caminho natural, então, é que os partidos da base construam entre si o pedido para que ele possa continuar”, afirmou o deputado. “Eu sei que ele vai brigar comigo por estar dizendo isso, mas, olhando o cenário de hoje, e projetando 2018, o Michel vai ter dificuldade em negar esse pleito por parte dos partidos que compõem a base. É a única candidatura que pode unificar a base do governo. Mas é óbvio, se eu estiver errado, que não serei hostil a governo algum”, declarou ao Estadão.
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Apesar de toda a previsão feita pelo parlamentar, antes mesmo de assumir a interinidade, Michel Temer falou, mais de uma vez, que não tinha previsão de se eleger ao cargo em 2018. Chegou, inclusive, a dizer que tentaria agilizar a votação da proposta de emenda à Constituição que acaba com a possibilidade de reeleição.
No começo da tarde de hoje (domingo, 31), o presidente interino se manifestou sobre as expectativas do presidente da Câmara. Em nota, Temer disse estar “honrado com a lembrança” do seu nome como possível candidato para o pleito de 2018. Mas enfatizou: “Não cogito disputar a reeleição. Todos meus esforços, e de meu governo, estão voltados exclusivamente para garantir que o Brasil retome a rota do crescimento e seja pacificado.”
Leia a íntegra da nota:
“Nota oficial
Fico honrado com a lembrança de meu nome como possível candidato em 2018. Mas reitero, uma vez mais, que apenas me cabe cumprir o dever constitucional de completar o mandato presidencial, se o Senado Federal assim o decidir.
Não cogito disputar a reeleição. Todos meus esforços, e de meu governo, estão voltados exclusivamente para garantir que o Brasil retome a rota do crescimento e seja pacificado.
Michel Temer
Presidente da República em exercício”