Em ato de apoio à candidatura do ex-ministro Luiz Marinho (Previdência) à Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, o presidente Lula negou estar em curso um pacote para minimizar os malefícios da crise financeira dos Estados Unidos, e voltou a afirmar a solidez da economia brasileira frente ao panorama de turbulência mundial.
Durante o discurso, Lula disse manter contatos intensos com a equipe econômica, economistas e empresários desde o agravamento da crise, no início do mês. O presidente garantiu ainda que o país não sucumbirá a efeitos colaterais como queda generalizada das bolsas mundo afora, oscilações bruscas e alta do dólar, e cautela de investidores em apostar em países ditos emergentes, como o Brasil.
"Eu nunca conversei tanto com o meu ministro da economia, com o presidente do Banco Central, com economistas e com empresários, como eu tenho conversado. Nós não vamos nunca anunciar pacote, nunca. Porque toda a vez que nós anunciamos pacote o povo ficou prejuízo”, garantiu Lula, acrescentando que o governo apenas anunciará “medidas pontuais".
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Recorrendo à sua marca registrada discursiva, Lula fez uma analogia entre o anúncio das medidas pontuais a "remédios". "Nós vamos anunciar medidas pontuais. Dor de barriga é remédio para dor de barriga. Calo no pé é remédio para calo no pé. Desinteria é remédio para combater hepatite. Ou seja, nunca vamos apresentar uma cesta, porque isso não dá certo", metaforizou, recomendando “tranqüilidade” à população.
Lula voltou a mencionar a “torcida do contra”, referindo-se à oposição ao seu governo, e garantiu que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não serão interrompidas devido à crise. “Nós não vamos parar um projeto do PAC e a Petrobras não vai parar um projeto dela. Vamos mostrar que nós podemos ter problemas, mas que crise a gente não enfrenta ela escondido e com medo", discursou.
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