O presidente Lula afirmou hoje (29) que, até o momento, ninguém o procurou para discutir sobre a possibilidade de ser criada no Congresso Nacional uma proposta para o terceiro mandato consecutivo de presidente da República.
“Nenhum aliado falou comigo até agora. Eu fique surpreso quando, no sábado, eu pensando que ia ter uma pergunta sobre o meu aniversário, me perguntaram do terceiro mandato”, disse Lula, após a cerimônia de inauguração da Unidade do Cimatec/Senai, em Salvador(BA).
A possibilidade de um terceiro mandato para cargos do Executivo tem como principais defensores os deputados Carlos William (PTC-MG) e Devanir Ribeiro (PT-SP). O petista defende a realização de plebiscito para que a população decida sobre o tema.
Lula afirma, no entanto, que defende apenas um mandato maior do que os quatro anos, sem direito à reeleição. “Se o Congresso Nacional quiser fazer uma reforma política, todo mundo conhece a minha tese. Sou favorável a um mandato maior do que quatro anos, sem reeleição. Mas isso depende do Congresso Nacional, e não de mim.”
Leia também
Quanto à possibilidade de uma proposta que amplie o mandato presidencial ser aprovada ainda em seu governo, Lula se esquivou: “Eu agora estou quase que proibido de tocar nesse assunto, porque não vou dar palpite no mandato do meu sucessor”.
Segundo ele, a prioridade no momento não é terceiro mandato, mas a consolidação do crescimento do Brasil interna e externamente.
Plano B
Questionado sobre a possibilidade de haver um segundo plano caso a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não seja aprovada pelos parlamentares, Lula considerou tal medida como uma loucura: "Eu não sei quem foi o louco que inventou o plano B. Se você começar a pensar no Plano B significa que você não está dando prioridade ao plano A”.
Para Lula, a CPMF não é um desejo apenas do presidente da Republica. “Ela é uma necessidade do Brasil. Todo mundo de bom senso sabe que ela tem de ser aprovada, porque não há como prescindir de R$ 40 bilhões”, afirmou.
Ministros
Nesta segunda-feira (29), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne com o da Saúde, José Gomes Temporão. Na pauta, devem ser debatidas as alternativas para a aprovação da Emenda 29 e da CPMF. Mantega informou, hoje, que deve finalizar em "dois, três dias" a proposta que será encaminhada ao PSDB, para a aprovação da proposta que prorroga o imposto do cheque. (Erich Decat)
Deixe um comentário