O presidente Lula rebateu hoje as críticas de que a produção de biocombustíveis reduz a área plantada de alimentos. A afirmação foi feita esta manhã no programa Café com o Presidente. "Nós não aceitamos que haja meia conversa sobre a questão do aumento dos alimentos”, disse.
"Temos o prazer e o orgulho de, há 30 anos, termos a tecnologia de um combustível renovável, gerador de empregos, seqüestrador de carbono e, muito mais importante, limpo”, completou.
Para Lula, a polêmica se deve ao fato da Brasil ser um grande produtor agrícola. “A polêmica vai acontecer porque o Brasil não é mais coadjuvante. Ou seja, o Brasil é o maior exportador de café, o maior exportador de soja, o maior exportador de suco de laranja, o maior exportador de açúcar, o maior exportador de carne e agora o Brasil é um dos maiores exportadores de minério e agora o Brasil está exportando etanol”.
Lula está na África para participar da inauguração da sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Gana. De acordo com o presidente, a entrada da empresa brasileira no país africano vai permitir que se produzam os mesmos efeitos na agricultura que ocorreram no Brasil.
“Todo mundo sabe que a Embrapa fez a revolução na agricultura brasileira e nós estamos convencidos que a Embrapa pode ajudar vários países africanos a deixarem de ser tão pobres, a terem uma agricultura competitiva”, comentou.
O presidente também aproveitou para reclamar dos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos. “Do jeito que está hoje, com o forte subsídio dos Estados Unidos e da União Européia aos seus agricultores, obviamente que fica difícil os países pobres vender algum alimento”. Lula retorna hoje ao Brasil. Antes, participará de painel da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). (Tatiana Damasceno)
Deixe um comentário