O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu nesta segunda-feira (16) às críticas de que as obras emergenciais da operação tapa-buracos nas rodovias federais, desencadeadas na última semana, seriam eleitoreiras.
“Nós estamos fazendo e alguns estão dizendo que são obras eleitoreiras, mas se nós não fizéssemos continuariam sendo eleitoreiras para eles. Porque aí, todos eles já estariam fotografando, filmando, para colocar em seus programas de televisão”, disse Lula, , em seu programa semanal de rádio “Café com o Presidente”.
“Ora, entre a briga partidária e o povo, vou ficar com o povo. Entre não fazer e ser criticado e fazer e ser criticado, eu prefiro fazer”, afirmou o presidente.
Hoje o presidente visita as obras de duplicação da BR-101, nos trechos que dão acesso às capitais do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Dinheiro suficiente
Lula explicou que só agora o governo tem os recursos necessários para recuperar as estradas federais. Segundo ele, houve pouco dinheiro em 2003 R$ 2,5 bilhões em 2004 e só em 2005 foi possível investir R$ 6 bilhões.
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“Portanto, somente agora é que nós temos os recursos para fazer aquilo que deveria ter sido feito há 10, 15 anos ou no meu primeiro ano de governo.”
O presidente falou também da utilização dos recursos da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) – imposto cobrado sobre os combustíveis para a manutenção das estradas – e das acusações de que o governo não estaria utilizando devidamente a verba.
Segundo o presidente, a Cide arrecadou em 2005 R$ 7,7 bilhões, dos quais 29% foram repassados aos estados. A União ficou com R$ 5,4 bilhões e o governo investiu R$ 6 bilhões na área de transportes, recurso superior ao arrecadado com o imposto.