O presidente Lula votou neste domingo, por volta das 10h, na Escola Estadual João Firmino Correia de Araújo, em São Bernardo do Campo (SP), acompanhado da mulher, a primeira-dama Marisa Letícia. O candidato à reeleição pelo PT demorou cerca de um minuto para votar. Ao sair da zona eleitoral, Lula disse que está confiante de que ganhará ainda no primeiro turno.
"Estou confiante que vamos vencer estas eleições hoje", disse em breve comentário, depois de afirmar que os eleitores estão indo às urnas "com maturidade". Lula também estava acompanhado do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, do senador e candidato à reeleição Eduardo Suplicy, do coodenador-geral de sua campanha, Marco Aurélio Garcia, e o do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
A passagem pela zona eleitoral provocou tumulto entre os eleitores. O presidente-candidato volta no início da tarde de hoje a Brasília, onde acompanhará o resultado das eleições.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, votou na manhã de hoje acompanhado da mulher, Maria Lúcia Alckmin, da filha Sophia e da neta Isabella. O tucano reafirmou a confiança de que haverá segundo turno e declarou que "a ética vencerá a corrupção".
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"Lula já teve sua chance e o Brasil não pode perder tempo. A ética vai vencer a corrupção", declarou Alckmin depois de votar. "Vamos com absoluta confiança para o segundo turno", garantiu.
Alckmin chegou ao colégio Santo Américo, no Morumbi, às 9h55 da manhã e foi recebido no local pelo governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL).
O tucano seguiu para acompanhar o voto do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. Depois, Alckmin embarca para Belo Horizonte para acompanhar o voto do candidato ao governo de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB).
Cristovam Buarque e Heloísa Helena
Depois de votar, o candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, declarou que um eventual segundo turno é melhor para a democracia e para o país. "Para o Brasil, é bom que tenha um segundo turno. É mais tempo para discutir e para que haja debate entre os candidatos. O Brasil precisa de um segundo turno e eu acho que vai dar".
Cristovam, que está com 2% nas intenções de voto, afirmou que em caso de segundo turno ainda decidirá com o partido qual candidato apoiar. "Dos candidatos que estiverem no segundo turno, vamos ver quais deles vão estar mais comprometidos com a democracia, com a educação e com os direitos trabalhistas. Aí nós vamos escolher um deles. Não será uma escolha pessoal, será uma escolha do partido".
Durante o dia, Cristovam irá percorrer locais de votação no Distrito Federal. Depois das 17h, ele irá acompanhar a apuração na sede nacional do PDT.
A candidata do Psol à Presidência da República, Heloísa Helena, votou agora de manhã, por volta das 8h, no Colégio Antônio Vasco, no bairro pobre de Riacho Doce, em Maceió. Na saída, ela disse que irá torcer contra o presidente Lula e o ex-presidente Fernando Collor, que disputa uma vaga para o Senado pelo PRTB de Alagoas.
"Eu espero que Collor não se eleja, do mesmo jeito que eu espero que o Lula não seja reeleito", disse.A senadora estava acompanhada da afilhada, Clara Accioly, de 6 anos.
Depois de tomar café da manhã com uma amiga em um local em frente ao posto de votação, Heloísa Helena se dirigiu ao colégio e foi cumprimentada por eleitores, quase 200 pessoas, que esperavam na fila. Segundo a Polícia Militar, nenhuma delas utilizava camiseta ou outro adereço do Psol.
FHC acredita em segundo turno
Ao chegar para votar, no colégio Sion, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que está confiante em um segundo turno entre o presidente-candidato Lula e o tucano Geraldo Alckmin.
"Se for (reeleito), terá um governo com muita dificuldade. O presidente Lula manteve alguma popularidade, está se vendo, mas perdeu o respeito", afirmou FHC.
FHC afirmou que Lula não irá conseguir governar o país sem respeito. "Sem popularidade pode ser, sem respeito não", completou. O tucano avalia que o PSDB tem que ir para o segundo turno com tranquilidade.
O ex-presidente foi a pé até o local da votação e foi saudado na rua pela população do bairro de Higienópolis, considerado de elite.
Collor não faz comentários sobre eleições
O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB) evitou fazer comentários depois de votar em uma zona eleitoral de Alagoas. Ele concorre a uma vaga de senador e aparece como líder nas pesquisas divulgadas pelos institutos Ibope e Gape.
Ao ser questionado por jornalistas, Collor preferia responder a maior parte das perguntas, balançando a cabeça. "Só falarei amanhã, em caso de vitória. As pesquisas são boas e esperamos o resultado. Não vou me antecipar aos fatos. Só falarei sobre minhas pretensões no Senado caso seja eleito", disse.
Collor afirmou que irá acompanhar o resultado das urnas ao lado da esposa, a arquiteta Caroline Medeiros, na cidade de Maceió. "Vou ficar por aqui mesmo. Voto, depois dou uma volta por aí e sigo para assistir o processo de apuração".
TSE já substituiu 1.320 urnas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que 1.320 urnas apresentaram problemas e precisaram ser substituídas até as 12h de hoje. O número equivale a 0,37% do total (361.431).
A previsão do TSE para a troca de urnas que apresentam defeito é de 1%.
São Paulo lidera a substituição de urnas, com 352 substituições. O Rio Grande do Sul substitutiu 138 e Minas Gerais, 127.