Em pleno ano eleitoral, o governo Lula prepara um pacote com seis medidas provisórias com reajustes salariais, novos planos de carreira e outras vantagens para o funcionalismo público federal, cujos sindicatos estão entre os redutos mais tradicionais do PT, diz o repórter Gustavo Patu da Folha de São Paulo na edição de hoje.
O Palácio do Planalto negociou com os parlamentares a elevação de R$ 1,5 bilhão para R$ 5,1 bilhões do volume de recursos disponíveis para proporcionar melhorias salariais aos servidores.
O objetivo é garantir que cada servidor federal chegue até o final deste ano com reajuste salarial acumulado de pelo menos 29% ao longo do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o correspondente à inflação estimada no período.
A estratégia do governo é durante a campanha para a reeleição poder dizer que o funcionalismo público não teve perdas em seu mandato, ao contrário do que ocorreu no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2002).
As MPs, que estão em análise na Casa Civil da Presidência da República. Tramita ainda no Congresso projeto que cria novo plano de carreira para servidores do Judiciário, apresentado pelo Supremo Tribunal Federal. O gasto anual estimado é de R$ 4,8 bilhões, não previstos no Orçamento, que deverão ser parcelados em dois a quatro anos.
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Já com o reajuste dos servidores públicos, o gasto será de cerca de R$ 5 bilhões. Mas a despesa com pessoal, oficialmente estimada em R$ 105,1 bilhões em 2006, pode crescer. De olho no pacote em análise na Casa Civil, sindicatos e políticos ligados ao funcionalismo tem intensificado lobbies para receber ou ampliar benefícios contidos nas MPs.
Ainda não se sabe quais carreiras e quantos servidores serão beneficiados pelo pacote.
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