O presidente Lula terá um prazo maior para apresentar defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que investiga a sua participação numa suposta compra de um dossiê contra candidatos do PSDB. Lula poderá apresentar defesa até dez dias depois que todos os investigados no processo sejam notificados Até agora, somente o presidente recebeu oficialmente a notificação.
Além do presidente, o processo investiga o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, os dois envolvidos na compra do dossiê, Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha da Silva, e o ex-assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy.
Com o novo prazo, o presidente não deve apresentar a sua defesa antes do primeiro turno das eleições, que ocorrem no dia 1° de outubro.
O TSE havia divulgado que Lula teria cinco dias úteis, contados a partir desta terça-feira (26) para apresentar a sua defesa após a notificação.
A investigação foi solicitada pela coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL), do tucano Geraldo Alckmin, com o argumento de que o presidente teria supostamente se "beneficiado com atos de abuso de poder" com o caso da compra do dossiê.
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Se o TSE considerar que Lula teve alguma participação no episódio, o presidente corre o risco de ter o registro do mandato impugnado caso seja reeleito à Presidência da República.