Renata Camargo
O presidente Lula negou, em entrevista publicada hoje (26) no jornal A Tarde, de Salvador (BA), que tenha feito campanha eleitoral “antecipada” e “dissimulada” a favor da candidata do PT à Presidência da República, ministra Dilma Rousseff. A afirmativa se referia ao fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter aplicado a Lula uma multa de R$ 5 mil por campanha antecipada.
Na entrevista, o presidente afirmou que a acusação é “barulho” da oposição por razões políticas e enfatizou que a decisão do TSE não é definitiva e que seus advogados vão recorrer. “Espero que a multa seja anulada, uma vez que, no meu entendimento, não houve nem tem havido campanha antecipada, nem dissimulada. O fato concreto é que todo esse barulho é feito pela oposição por razões políticas”, disse.
O presidente afirmou ainda que, na época em que estava no poder, a oposição não tinha obras para inaugurar, ao contrário de seu governo. Lula avalia que as inaugurações são prestações de contas à sociedade. “Não podemos ser penalizados por tomar iniciativas, por criar programas, por investir em obras mais do que necessárias, que há muito tempo já deveriam ter sido feitas por outros governos”, afirmou.
Lula defendeu a participação de Dilma nas inaugurações, por ela ser coordenadora do PAC. “Se a ministra Dilma Rousseff é a coordenadora do PAC, se ela se empenhou, dedicou sua energia, sua inteligência em prol das melhorias que estamos implementando, por que na hora da inauguração tem que ficar recolhida em casa?”, questionou.
Sobre a possibilidade de Dilma cair nas pesquisas após deixar o governo e, em consequência, não poder mais inaugurar obras, Lula disse acreditar que acontecerá o contrário. Segundo Lula, quando Dilma deixar o cargo, ela terá mais tempo livre para articulações e para “se dedicar de corpo e alma à campanha”.
Na noite de ontem (25), o TSE aplicou nova multa ao presidente Lula por campanha antecipada a favor de Dilma. Desta vez, Lula foi condenado a pagar o valor de R$ 10 mil por campanha antecipada durante a inauguração do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de dados de São Paulo, em janeiro deste ano.
Com informações da Agência Brasil
Leia também