O presidente Lula não quis comentar hoje (19) a denúncia do delegado federal Protógenes Queiroz feita junto ao Ministério Público Federal em que diz ter sofrido obstrução nas investigações da Operação Satiagraha.
“Por que não posso comentar? Porque eu não indico ninguém para entrar na Polícia Federal, não posso indicar ninguém para sair, é um problema de organização da Polícia Federal”, disse Lula em visita oficial à Colômbia, onde ficará até domingo (20).
Ontem (18), os procuradores da República Anamara Osório Silva e Rodrigo de Grandis solicitaram a instalação, junto ao Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP), de procedimento administrativo para levar adiante a denúncia do delegado.
Na última quinta-feira (17), a Polícia Federal divulgou trechos da reunião da cúpula da entidade em que ficou decidido o afastamento de Protógenes.
Na conversa, ocorrida na segunda-feira (14), na sede da PF em São Paulo, Protógenes diz que não tem intenção de permanecer na coordenação do caso. Por outro lado, ao longo dos trechos liberados pela PF, não há a confirmação de que o delegado pretende se afastar definitivamente do inquérito.
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A fita só foi divulgada após encontro de Lula com o Ministro da Justiça Tarso Genro e o diretor-geral da Polícia Federal em exercício, Romero Menezes.
Na véspera, Lula contestou o afastamento do delgado das investigações e considerou a permanência dele uma questão de “moralidade”.
Ingrid Betancourt
Durante entrevista concedida hoje em Bogotá, Lula também comemorou a libertação da ex-senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt que ficou refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) nos últimos seis anos. Betancourt foi libertada no dia 3 de julho em manobra do exército colombiano.
“Acho que foi uma conquista dos direitos humanos, da cidadania, extraordinária. E eu espero que a liberdade da Ingrid Betancourt e de seus companheiros possa servir de estímulo para que não se tenha mais nenhum refém aqui na Colômbia e que todos sejam homens livres”.(Erich Decat)
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