O ex-presidente Lula entrou com uma ação judicial contra a revista semanal Veja, nesta quarta-feira (29), por reparação de danos morais. A publicação desta semana veicula reportagem em que diz que o executivo da OAS, José Aldemário Pinheiro, teria decidido contar em acordo de delação premiada tudo o que sabe “sobre a participação do ex-presidente no petrolão e como o filho de Lulinha ficou milionário”.
Os alvos do processo são os três jornalistas que assinam a matéria de capa, Robson Bonin, Adriano Ceolin e Daniel Pereira, e o diretor da redação Eurípedes Alcântara. A reportagem diz que “chegou a vez dele (Lula)”, em referência a suposta delação de Pinheiro. No entanto, o empreiteiro negou as acusações da revista antes de chegar às bancas. “Sobre a reportagem da Veja deste final de semana, José Adelmário Pinheiro e seus defensores têm a dizer, respeitosamente, que ela não corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com o MPF sobre delação premiada, tampouco intenção nesse sentido”.
Os advogados do ex-presidente petista classificaram o texto de “repugnante” e falaram que os jornalistas faltaram com a verdade. “O texto é repugnante, pela forma como foi escrito e pela absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte”, defendem na ação, onde também afirmam que, de acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, “a liberdade de comunicação e de imprensa pressupõe a necessidade de o jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade”.
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Nota a imprensa
Confira íntegra da nota divulgada pelo Instituto Lula sobre o processo contra Veja:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira (29) com ação judicial por reparação de danos morais contra os responsáveis pela matéria de capa da revista VEJA desta semana.
São alvos da ação Robson Bonin, Adriano Ceolin e Daniel Pereira, que assinam as reportagens de capa da edição 2.436, que chegou às bancas em 25 de julho passado, além do diretor de redação Eurípedes Alcântara.
“O texto é repugnante, pela forma como foi escrito e pela absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte”, destacam os advogados de Lula na ação. A peça reafirma também que, de acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, “a liberdade de comunicação e de imprensa pressupõe a necessidade de o jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade”.
A reportagem repete práticas comuns a VEJA: mente, faz acusações infundadas e sem provas, apresenta ilações como se fossem fatos, atribui falas e atos, não tem fontes e busca atacar, de todas as formas, a honra e a imagem do ex-presidente Lula.