O presidente Lula foi ovacionado no 13º Encontro Nacional do PT, aberto há pouco, no centro de São Paulo. Logo ao chegar ao encontro, Lula foi saudado com o jingle da campanha eleitoral de 2002: “olé olê olê olá, Lula, Lula”. Outros petistas gritavam: “1,2,3. Lula outra vez”.
Cerca de 1.200 delegados do partido participam do encontro, que acaba no domingo, e definirá a estratégia da campanha eleitoral do PT nas eleições de outubro. Além dos petistas, participam da abertura 16 delegações estrangeiras. O vice-presidente da República, José Alencar, que é do Partido Republicano Brasileiro (PRB), também foi recebido com aplausos. (Alencar foi rejeitado pelos petistas, quando seu nome foi indicado para ser vice de Lula em 2002.)
Os petistas também entoaram um bordão contra o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC): “Ô, Borhausen, eu tô aqui. A nossa raça, você vai ter que engolir”.
Antes de chegar ao evento, a candidatura de Lula à reeleição já era dada como certa pelos correligionários. “Nenhum de nós pensa nessa possibilidade (de Lula não sair candidato)”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
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Mas Tarso justificou por que Lula tem de adiar ao máximo a oficialização de sua candidatura. “Nosso candidato, que todos nós queremos que seja candidato, tem que respeitar sua condição de magistrado político do país, e tem, se for candidato, que dilatar ao máximo esta decisão, para que uma decisão política não prejudique suas relações institucionais, poderes, parlamento e projetos que estão tramitando.”
Vermelho da guerra
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que abriu o encontro em nome dos parlamentares petistas, deu o tom do que será esta campanha presidencial para a legenda. Ela lembrou que a cor do PT é “o vermelho da guerra”. E conclamou os militantes a defender a legenda e a lutar para que o país continue na rota em que está. “Vamos sair deste encontro com espírito de guerra.”