Em seu programa semanal de rádio, o presidente Lula defendeu o reajuste de 8% concedido por ele semana ao programa Bolsa Família e chamou de insensíveis aqueles que vêem no aumento uma medida eleitoreira. Na edição de hoje (30) do Café com o Presidente, Lula disse que os novos valores foram determinados pela alta do preço dos alimentos e que vai continuar elevando o benefício sempre que sentir que a população mais pobre está sendo sacrificada.
“Aqueles que falaram que era eleitoreiro são pessoas que me parece que perderam a sensibilidade. Ou seja, como é que pode alguém imaginar que você fazer um reajuste, e eu não queria fazer nada que pudesse indexar isso à inflação. Nós estamos dando o reajuste porque temos condições de dar, porque tem no orçamento dinheiro para dar este reajuste”, afirmou.
“E nós vamos continuar reajustando o Bolsa Família. Na medida em que puder reajustar mais, nós vamos reajustar mais fortemente porque os que recebem o Bolsa Família são a parte mais pobre da população e nós precisamos cuidar dessa gente com muito carinho”, acrescentou, ressaltando que o reajuste foi definido pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
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Com o reajuste, o valor médio do Bolsa Família passa, a partir deste mês, dos atuais R$ 78,70 para R$ 85,00. O maior valor passa de R$ 172,00 para 182,00, já o mínimo será de R$ 20,00, em vez dos atuais R$ 18,00 (leia mais).
Ainda em seu programa de rádio, Lula atribuiu a redução da taxa de desemprego, apontada por recentes pesquisas, aos investimentos realizados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Eu acredito que os investimentos que o governo tem feito no PAC, os investimentos que as empresas privadas têm feito, têm dado uma demonstração vigorosa de que nós vamos conseguir reduzir o desemprego muito mais fortemente ainda”, declarou. (Edson Sardinha)
Leia a íntegra do Café com o Presidente:
“Apresentador: Presidente, as famílias que recebem o Bolsa Família vão ganhar mais a partir de julho. O aumento no valor do benefício foi de 8%. Qual foi a razão do reajuste do benefício agora?
Presidente: Luciano, a razão é simples, ou seja, nós temos uma crise de alimentos no mundo e isso tem refletido no aumento dos preços dos alimentos em todos os países, inclusive no Brasil, e nós entendemos que a parte mais pobre da população, que ganha uma ajuda para comprar comida para levar para casa e sustentar a família merecia que a gente fizesse a reposição inflacionária. Os cálculos foram feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, pelo Ministério da Fazenda e eu achei que dar os 8% de reajuste foi uma boa medida para garantir que as pessoas continuem levando para casa o necessário para comer, sabe, a família inteira.
Apresentador: Alguns jornais chegaram, inclusive, a afirmar que este aumento era eleitoreiro, já que estamos próximos à eleição municipal. Como foi feito o cálculo para chegar a esse valor, presidente?
Presidente: Foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social. E aqueles que falaram que era eleitoreiro são pessoas que me parece que perderam a sensibilidade. Ou seja, como é que pode alguém imaginar que você fazer um reajuste – e eu não queria fazer nada que pudesse indexar isso à inflação. Nós estamos dando o reajuste porque temos condições de dar, porque tem no orçamento dinheiro para dar este reajuste. E nós vamos continuar reajustando o Bolsa Família. Na medida em que puder reajustar mais, nós vamos reajustar mais fortemente porque os que recebem o Bolsa Família são a parte mais pobre da população e nós precisamos cuidar dessa gente com muito carinho.
Apresentador: Você está ouvindo Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Presidente, agora, um outro assunto. Mais uma pesquisa, agora do IBGE, mostrando uma queda do desemprego no país. A que se deve essa queda no desemprego?
Presidente: Eu acredito que os investimentos que o governo tem feito no PAC, os investimentos que as empresas privadas têm feito, têm dado uma demonstração vigorosa de que nós vamos conseguir reduzir o desemprego muito mais fortemente ainda. Nós já temos um número mais baixo de muitos anos. Eu acredito que a partir do ano que vem as obras do PAC estarão já em andamento com muito mais força, com muito mais volume. Só para você ter uma idéia, quando nós tomamos posse, o Brasil tinha R$ 300 bilhões de crédito e hoje o Brasil tem mais de R$ 1 trilhão de crédito. Isso significa que tem gente tomando dinheiro emprestado para fazer investimento em alguma coisa. Isso significa que vai gerar mais empregos. E todos nós trabalhamos com essa convicção, ou seja, não tem nada mais sagrado para um chefe de família ou para uma mulher do que trabalhar e no final do mês levar para sua casa o sustento para a sua família com o dinheiro ganho com o seu suor. Quando eu pego os números do Ministério do Trabalho, do Caged, e constato que nos primeiro cinco meses nós criamos 1,051 milhão de empregos com carteira assinada e que a tendência natural é isso vir crescendo, porque as empresas fizeram muitos investimentos. As obras do PAC, as grandes obras do PAC, começaram a ser contratadas agora. Agora é que elas vão começar a gerar muito mais empregos, que é isso que o Brasil precisa: mais emprego, mais salário, mais renda, mais consumo, ou seja, é isso que o Brasil que torna o Brasil mais feliz, é isso que torna o povo com a auto-estima bastante elevada, porque eles estão percebendo que as coisas estão acontecendo. Agora, graças a Deus, a economia está em ordem. As pessoas estão fazendo investimento e o emprego está crescendo. É tudo o que o trabalhador deseja.
Apresentador: Presidente, agora mudando um pouco o rumo da nossa conversa, o senhor vai entregar no segundo semestre deste ano, um prêmio para as prefeituras que administram com eficiência seus programas de merenda escolar? Qual é a importância de ações como essa?
Presidente: Olha, essa ação na verdade de premiar as pessoas que trabalham com mais eficiência a questão da merenda escolar, é uma forma de premiar as prefeituras brasileiras que melhor geriram o programa de alimentação escolar. Esta premiação permite avaliar, selecionar e divulgar as boas gestões públicas municipais do programa de alimentação escolar. Esse já será o quinto ano e eu penso que é extremamente importante os prefeitos partici