Quase que simultaneamente ao anúncio de corte de gastos públicos da ordem de R$ 3 bilhões, pelo Ministério do Planejamento, o presidente Lula disse hoje (25), de Lisboa, que não há mais como o governo fazer redução de gastos. Lula está na capital portuguesa para participar da VII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
“Fizemos o reajuste que deveríamos ter feito, fizemos o Fundo Soberano [Nacional]. Obviamente, não é possível que um governo fique anunciando antecipadamente o que ele vai fazer se amanhã, ou mês que vem, a inflação continuar. Nós iremos tomando as medidas necessárias”, declarou Lula, garantindo que a inflação não voltará a prejudicar a economia brasileira.
Em suma, o Fundo Soberano é a aplicação de parte das reservas internacionais do país em investimentos de maior risco e retorno. O Fundo será composto, inicialmente, pela economia excedente de 0,5% do Produto Interno Bruto – montante que corresponde a cerca de US$ 8,6 milhões oriundos da aplicação de parte do superávit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública).
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Lula minimizou a alta dos preços, principalmente verificada em países emergentes, dizendo que Brasil já tomou medidas preventivas para contornar o problema, como o aumento de recursos para o setor produtivo.
“Quando você começa a construir novas fábricas, num primeiro momento elas significam demanda, porque vai comprar material para ser construída. Ela [a fábrica] só vai ser oferta quando começar a produzir produtos. E nós estamos confiantes de que isso vai acontecer logo no Brasil", argumentou o presidente. (Fábio Góis)
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