O presidente Lula irá se reunir na próxima semana com os ministros do PMDB para discutir a sucessão da presidência do Senado e da Câmara. Os pleitos ocorrem em fevereiro.
“A reunião está marcada para discutir as questões aqui da Casa”, revelou nesta terça-feira (11) o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. A declaração foi feita após reunião na Comissão de Legislatura Participativa da Câmara, onde Múcio participou, junto com o ministro da Justiça, Tarso Genro, da apresentação das propostas do Executivo no âmbito da reforma política.
“Precisamos fazer algumas ponderações, o governo é composto com 14 partidos políticos. Precisamos estabelecer um equilíbrio para que continuem cooperando, se respeitando e ajudando no programa do governo”, ressaltou Múcio.
A reunião de Lula com os ministros do PMDB (Nelson Jobim, Hélio Costa, José Temporão, Geddel Vieira Lima, Edison Lobão e Reinold Stephanes) será realizada após o retorno do presidente do encontro do G20, em Washington. Na semana passada, Lula se reuniu com o senador José Sarney (PMDB-AP) para discutir a sucessão do Senado. Segundo Múcio, o resultado do novo encontro não será conclusivo e as discussões devem se estender pelos próximos meses
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“Faltam dois meses para o final do ano e para essa questão é muito tempo. Eu acho que vamos nos arrastar até janeiro para que todas as questões sejam exauridas e discutidas, e para que todos dêem suas opiniões” ressaltou o ministro.
Alternância
Como parte do acordo que elegeu o atual presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), os deputados petistas apóiam a candidatura de Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Casa. Por outro lado, ainda não há consenso dentro da base aliada quanto à disputa no Senado, onde o PMDB, por ter a maior bancada, tem a prerrogativa de eleger o sucessor de Garibaldi Alves (PMDB-RN). Essa possibilidade, no entanto, contraria os interesses do PT, que tenta emplacar o nome do senador Tião Viana (AC).
Apesar de defender a alternância nas presidências das Casas, Michel Temer disse que ficará distante da disputa no Senado. “Não há dúvida de que a alternância seria útil. Mas não tenho condições de dizer daqui [da Câmara] o que o Senado deve fazer. O Senado tem uma dinâmica própria”, avaliou.
Até agora, além de Temer, também está na briga pela presidência da Câmara o deputado Ciro Nogueira (PP-PI). (Erich Decat)
Atualizada às 21h34
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