O presidente Lula foi recebido há pouco no Palácio de Miraflores – sede do governo venezuelano, em Caracas – pelo colega Hugo Chávez, para um encontro que deve ter a integração energética na América Latina como assunto principal.
Depois dos ritos de boas-vindas de praxe, os presidentes se recolheram em uma reunião reservada. Cinco ministros estão entre os acompanhantes do presidente brasileiro: Edison Lobão (Minas e Energia); Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos); Nelson Jobim (Defesa); Franklin Martins (Comunicação Social); e Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Também compõem a comitiva presidencial o assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o presidente da Petrobras, Jorge Gabrielli.
Lula e Chávez devem se inteirar a respeito das negociações em curso entre a petrolífera brasileira e a PDVSA, estatal energética venezuelana. Petrobras e PDVSA analisam um projeto de parceria de exploração de petróleo no Brasil e na Venezuela. Além disso, será discutida a inclusão do país vizinho no bloco comercial do Mercado Comum do Sul (Mercosul), o que é pleiteado por Chávez com o apoio do colega brasileiro.
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Presidente pro tempore
Na próxima terça-feira (1º), Lula assume a presidência pro tempore do Mercosul, em cerimônia a ser realizada na Argentina. Segundo informações do porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, Lula levará aos chefes de estado uma mensagem de “otimismo” e esperança no avanço das negociações comerciais entre países latino-americanos.
Antes da posse, Lula terá encontro com a presidente argentina, Cristina Kirchner, em que deve tratar sobre tarifas de importação de milho argentino para o Brasil, sobre a construção da hidrelétrica de Carabi, na divisa com o aquele país, e sobre o provimento de energia para a Argentina durante o inverno. (Fábio Góis)