O presidente Lula está no Chile, onde participa da assinatura de acordos sobre os biocombustíveis com a presidente chilena, Michelle Bachelet. Em entrevista coletiva, Lula defendeu a integração e o consenso dos países sul-americanos nas questões energéticas.
"Temos todas as condições na América do Sul para resolver nossos problemas energéticos, usando nosso potencial e nossas possibilidades para complementar os pontos fortes um dos outros". Por sua vez, a presidente chilena afirmou que o seu país “não quer depender de só uma fonte energética".
Chavismo
Lula afirmou que não acredita no “chavismo”, em referência ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. No entanto, o presidente brasileiro destacou os laços de amizades entre os dois países. "Temos alguns investimentos brasileiros muito grandes na Venezuela, e há alguns investimentos venezuelanos muito fortes no Brasil, então não vejo problema", afirmou.
O presidente venezuelano chegou a criticar publicamente o programa de biocombustíveis do Brasil. Para Chávez, a área utilizada para o plantio da cana-de-açúcar, base do programa energético brasileiro de biocombustíveis, provocaria o aumento da fome.
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CPI
Questionado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em determinar a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, Lula afirmou que a abertura da comissão não vai mudar sua relação com os partidos oposicionistas. "Se alguns setores da oposição precisam de uma CPI para fazer o seu papel no Congresso Nacional, eu entendo isso como normal. Não vou deixar de conversar com a oposição. Primeiro, porque aprendi, há muito tempo, a ser civilizado, e quero tratar a oposição com o respeito que ela merece. E a CPI não mudará o meu comportamento em relação à oposição", disse. (Rodolfo Torres)