O presidente Lula descartou a possibilidade de perdoar as dívidas dos estados com a União, apesar das dificuldades enfrentadas pelos novos governadores. “Nós não iremos mexer na dívida dos estados. Não dá para a gente passar para a sociedade que o país vai voltar à anarquia fiscal", disse o presidente durante a assinatura de acordos com o governo do Rio de Janeiro.
Lula admitiu, porém, estar disposto a examinar “caso a caso” os problemas dos estados, para avaliar como amenizá-los. As dívidas dos estados já tinham sido refinanciadas no governo Fernando Henrique Cardoso. O presidente afirmou que foram feitos sacrifícios duros para que o país chegasse ao estágio em que se encontra e não admitirá retrocessos nesse quadro.
Lula assegurou que nenhum governador será discriminado pelo governo federal por questões partidárias ou políticas. “Qualquer governador, de qualquer partido, que tiver um problema e esse problema puder ser resolvido pelo governo federal, nós não iremos olhar o time, a escola de samba, a religião e o partido ao qual ele pertença.”
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O presidente voltou a atacar o programa de privatizações ao falar do processo de renegociação das dívidas dos estados com a União no governo FHC. “Tem gente que governou quatro anos com o dinheiro de empresa pública vendida”, disse Lula.
“Quando houve o acordo da dívida dos estados, que a União assumiu, foi feita uma festa porque era para todo mundo pagar em não sei quantos anos, e o governo federal, então, autorizou os estados: ‘Vocês podem vender tudo o que vocês têm, vendam a cama do palácio, vendam a geladeira, vendam todas as empresas.’ Enquanto tinham as empresas para vender, ninguém reclamou do acordo”, disse o presidente. “Agora acabou o que vender e nós não vamos vender nada, pelo menos da parte do governo federal.”
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