O delegado Paulo Lacerda foi afastado definitivamente da direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por determinação do presidente Lula. Segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo nesta sexta-feira (12), Lacerda, que estava temporariamente fora do comando do órgão desde 1º de setembro, saiu por causa da revelação de que havia 52 agentes da Abin atuando na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
A reportagem do jornal apurou também que o vice-diretor da Abin, José Milton Campana, o chefe do Departamento de Contra-Inteligência, Paulo Maurício Fortunato Pinto, e o assessor especial da presidência, Renato Porciúncula, não voltarão aos cargos que ocupavam na instituição.
Apesar de causar estragos na estrutura da Abin, os problemas políticos gerados pela Operação Satiagraha não atingirão, por enquanto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Felix, e o ministro da Justiça, Tarso Genro.
A reportagem revela que Felix chegou a pôr o cargo à disposição, mas Lula descartou a possibilidade de sua saída. Outro que se manteria no cargo é o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.
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De acordo com o Estado de S.Paulo, o Palácio do Planalto se convenceu de que a investigação que resultou na Satiagraha era mais de Lacerda do que do delegado Protógenes Queiroz. A constatação partiu do número de profissionais envolvidos: enquanto a PF colocou 23 policiais, a Abin cedeu 52 agentes para o trabalho.
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