No dia em que a Receita Federal divulgou que a carga tributária brasileira subiu pelo segundo ano seguido e bateu novo recorde ao atingir 37,37% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005, o presidente Lula defendeu a redução dos impostos em discurso no Palácio do Planalto.
O presidente disse a membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social que é preciso "trabalhar para melhorar a qualidade de nosso gasto, diminuindo as despesas de custeio para investir mais em infra-estrutura e ter condições de reduzir a carga tributária".
Dessa forma, sustentou Lula, o governo estimularia diretamente o desenvolvimento do setor produtivo privado, o que resultaria a criação de novos empregos.
Minutos depois, no mesmo discurso, o petista, que concorre à reeleição, voltou ao tema e relacionou diretamente a redução da carga tributária à competência de um governo para a implementá-la.
"Precisamos ter juros menores e uma carga de impostos mais leves. Para isso, mais que nunca será necessária a conjugação de uma política econômica correta, uma gestão administrativa eficiente e um comando político definitivamente acertado", afirmou.
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A redução dos impostos era um "compromisso de ouro" do governo petista, como costumava afirmar o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Hoje, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse que o aumento da carga tributária no ano passado foi "saudável" porque foi gerado pelo aumento da fiscalização sobre os sonegadores e não pela a criação de novas taxas.
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