Mário Coelho
O presidente Lula condenou na tarde desta segunda-feira (19) os violentos confrontos entre polícia e traficantes no Rio de Janeiro. Além de condenar os atos de violência, Lula disse que o governo federal vai ajudar no combate ao narcotráfico na cidade. Desde a madrugada de sábado (17), traficantes de facções criminosas rivais entraram em confronto na favela entre si e com a polícia. Até o momento, pelo menos 17 pessoas morreram.
“O governo dará toda a ajuda possível ao Rio de Janeiro. Vamos fazer o que for necessário para limpar a sujeira que essa gente deixa no Brasil inteiro”, disse Lula. A declaração ocorreu em entrevista coletiva após o encontro com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, em São Paulo. “Hoje meia dúzia de pessoas consegue ser chefe de meia dúzia de pessoas criando uma imagem negativa e vitimando inocentes no Brasil”, afirmou Lula.
Mas o governo do Rio negou o primeiro oferecimento de ajuda. No sábado, o ministro da Justiça, Tarso Genro, colocou a Força Nacional de Segurança à disposição do estado. O governador fluminense, Sérgio Cabral Filho (PMDB), recusou o envio das tropas federais. Mas aceitou a liberação de R$ 100 milhões em investimentos para a área de segurança pública no estado, além de recursos para a compra de um segundo helicóptero blindado para a Polícia Militar.
Depois de um sábado violento que causou a morte de pelo menos 17 pessoas e a queda de um helicóptero da Polícia Militar, a situação no Morro dos Macacos era de tranquilidade hoje, segundo a Agência Brasil. Os policiais reforçaram o patrulhamento nos principais acessos aos morros dos Macacos e São João com cerca de 2 mil homens nas ruas. A favela, comandada pela facção ADA (Amigo dos Amigos), foi invadida pelos rivais do Comando Vermelho.
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