As centrais sindicais nacionais assinaram, hoje (27), no Palácio do Planalto, o acordo sobre os valores do reajuste do salário mínimo e da correção da tabela do Imposto de Renda, junto com o presidente Lula e os ministros Nelson Machado (Previdência) e Luiz Marinho (Trabalho).
Durante o evento, o presidente avisou que vetará qualquer proposta de aumento superior a R$ 380. “Se alguém tentar extrapolar o que foi acordado, eu veto, sem nenhum problema, como vetei com o maior prazer antes das eleições o aumento que eles (da oposição) queriam dar (para os aposentados)”, afirmou.
O acordo fechado entre os setores foi de aumentar o mínimo de R$ 350 para R$ 380 e de corrigir a tabela do IR em 4,6 %. O reajuste no salário entrará em vigor em março de 2007, um mês antes do previsto. A mudança faz parte de uma política de valorização do mínimo para ser aplicada a partir do próximo mandato. “Quando tivermos seriedade ficará mais fácil realizar as nossas propostas. As discussões das nossas reformas e do salário mínimo será menos traumática”, comentou Lula.
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De acordo com o Ministério do Trabalho, o reajuste do mínimo deverá injetar R$ 8,5 bilhões na economia do país. O aumento nominal chegará a 8,6%, mas o reajuste real (descontando a inflação) será de 5,3%.
Entre 2003 e 2006, o ganho real do salário mínimo foi de 26,06%, segundo os estudos do ministério. Esse valor em 2007 passa para 32% acima da inflação. A política para 2008 a 2011 será a de reajustar o valor de acordo com a inflação acrescido do crescimento do PIB. Além disso, a cada ano será antecipado em um mês a validação dos reajustes, até começar a ser pago em janeiro, a partir de 2010.