Candidato à reeleição, o presidente Lula acusou o seu adversário no segundo turno, Geraldo Alckmin (PSDB), de planejar a demissão maciça de funcionários públicos e cortes nos salários do funcionalismo. "Quando meu adversário estiver falando "vou fazer contenção de gasto corrente", ele está afirmando é [que vai] mandar servidor público embora, vai cortar salário. É isso o que significa cortar despesa com gasto corrente", afirmou Lula, em evento de apoio à candidatura de Sérgio Cabral (PMDB) ao governo do Rio de Janeiro.
Cercado por rivais do PT há até cinco dias, o presidente disse a militantes do partido e do PMDB que a união para a disputa do segundo turno decorre da necessidade de "compreender" o "momento político do Brasil". Segundo Lula, o país não suporta mais a elaboração de planos financeiros voltados para a disputa eleitoral, como o Plano Cruzado, de 1986, criado no governo do então presidente José Sarney, hoje seu aliado no PMDB.
Antes, em Brasília, Lula havia reivindicado a paternidade de praticamente todos os programas existentes no país. Em uma farpa contra governadores, desprezou a contribuição dos estados. "Se andar pelo Brasil qualquer especialista, e tenho pedido para a imprensa me ajudar nisso, vamos perceber o seguinte: 99% de todas as políticas sociais nesse país são feitas pelo governo federal."
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