Na entrevista que deu à CBN hoje de manhã, o presidente Lula disse que a reforma tributária não foi aprovada durante o seu governo porque a oposição não quis votar a matéria.
"Isso vai ser votado quando o Congresso quiser, está pronto. Os meus opositores não querem votar e alguns governadores não querem votar porque querem continuar a guerra fiscal", afirmou.
Lula não foi claro ao dizer se, em um eventual segundo governo, faria uma nova reforma da Previdência. Mas enfatizou que o déficit da Previdência decorre do esqueleto institucional derivado da Constituição de 1988: "O déficit brasileiro é um déficit do Estado brasileiro. É uma opção que a constituição de 1988 fez".
Ele destacou os esforços feitos por seu governo para melhorar a eficiência do sistema previdenciário, como o recadastramento de beneficiários e a compra de 26 mil computadores para o INSS. Também ressaltou que o aumento do número de empregos pode contribuir para reduzr o déficit previdenciário.
O presidente disse ainda que o Brasil conquistará total independência energética até 2008. "Nós decidimos que até 2008 nós vamos deixar de ser dependente de qualquer país do mundo em se tratando de energia", declarou.
Leia também
Segundo ele, está se promovendo uma verdadeira "revolução" na área de energia no país, em razão do desenvolvimento de fontes alternativas, como o biodiesel; o aumento da produção de petróleo; e outras medidas. Ele citou o apagão de 2001 e apontou os leilões de linhas de transmissão feitos em seu governo como exemplo do que deveria ter sido feito antes.
Quantos aos juros, o presidente disse que sua redução continuará a se dar "paulatinamente".
Ele listou ainda os avanços macroeconômicos obtidos pelo Brasil desde 2003, em áreas como controle da inflação, exportações, geração de empregos e investimentos voltados para a população pobre.
"O que nós fizemos nesses 44 meses de governo foi uma grande revolução neste país, em se tratando de macroeconomia", afirmou. "Há um tempo atrás, quando os Estados Unidos espirravam, nós pegávamos pneumonia. Hoje os Estados Unidos espirram e nós falamos saúde".