“Sou muçulmano e não falo sobre política no sábado”, gracejou o ex-presidente, segundo informações veiculadas no site do jornal O Estado de S. Paulo.
Vindo de Salvador, Lula chegou a São Paulo durante a manhã e foi direto do aeroporto para o parque da Água Branca, onde a feira foi organizada. Segundo a reportagem do Estadão, o petista parecia estar em campanha eleitoral: cumprimentou populares, tirou foto com crianças e, em um dos estandes, comeu bode – prato típico do Nordeste – ao lado da mulher, Dona Marisa.
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Lula se reuniu em seguida com lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), entre elas Gilmar Mauro e João Paulo Rodrigues. O ex-presidente deixou a reunião usando um boné do MST e se encontrou com o escritor Fernando Morais, um dos palestrantes da feira. Ainda segundo o relato do jornal paulista, eles conversaram rapidamente enquanto se encaminhavam até o carro que serve ao petista. Nesse momento, Lula repetiu que não falaria com a imprensa.
De boné
Em um vídeo postado no perfil do MST no Facebook, Lula fala, mas passa longe do tema político. “Olha, eu comi torresmo, eu comi bode, comi quiabo e galinha, acho que era goiana. Inclusive eu fiquei feliz com o preço dos produtos. Ou seja, eu vi melão que é vendido a sete reais ser vendido, aqui, a três reais na feira. Significa que, se o povo compreender a necessidade de incentivar, outras feiras podem ser feitas e as pessoas podem comprar produtos de melhor qualidade, sobretudo de uma agricultura orgânica que está nascendo pela mão dos pequenos agricultores brasileiros”, diz Lula, com o tradicional boné vermelho.
“Eu acredito que o Movimento Sem Terra marcou um gol de letra com essa feira da reforma agrária. Sobretudo essa feira nacional trazendo produtos e a cozinha de várias regiões do país para o centro de São Paulo. Acho que é uma demonstração extraordinária para que as pessoas possam acreditar que 70% do alimento que vai à mesa do povo brasileiro são produzidos por gente simples, gente do campo”, acrescenta o petista.