Eduardo Militão
O ministro das Relações Institucionais da Presidência, Luiz Sérgio, negou nesta segunda-feira (14) que o governo trabalhe com um plano alternativo para elevar o salário mínimo para R$ 560. A proposta do Executivo é de R$ 545 e as centrais sindicais tentam um acordo para conseguirem mais R$ 15 a serem descontados do aumento previsto para 2012. Hoje, Luiz Sérgio insistiu que a proposta do governo não muda.
?Não existe plano B para a política estabelecida. Nós não estamos discutindo valores?, disse o ministro, após reunião de coordenação política com a presidente Dilma Rousseff para debater a votação do salário mínimo. A ?política estabelecida? está contida no projeto do governo e prevê aumentos salariais entre 2012 e 2015 baseados na inflação e no crescimento da economia dos dois anos anteriores ao reajuste.
Amanhã, integrantes do governo, da base aliada, das centrais sindicais e da oposição debatem o assunto em uma comissão geral na Câmara dos Deputados. A votação está prevista para quarta-feira.
Luiz Sérgio disse esperar que base aliada vote unida em torno dos R$ 545 e nega que haverá retaliação aos deputados e senadores que forem favoráveis a valores maiores. ?Nós acreditamos que os aliados não faltarão, acima de tudo, ao País, nesse momento muito importante que nós estamos vivendo?, despistou o ministro. Luiz Sérgio disse que a reunião da coordenação política não tratou de eventuais punições a parlamentares da base que forem infiéis ao governo nas votações do salário mínimo.