O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams deixará o governo no final deste mês. De acordo com informações do jornal O Globo, Adams sairá do cargo que ocupa desde a gestão do ex-presidente Lula para trabalhar em um escritório americano de advocacia, onde atuará nas áreas de direito societário e trabalhista.
A data de saída está marcada para o próximo dia 29. O advogado já conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre sua decisão e apenas aguarda um posicionamento da Comissão de Ética Pública da Presidência da República para saber se é preciso cumprir quarentena para assumir uma nova função.
Recentemente Adams tornou-se mais conhecido por assumir a defesa do governo no processo das pedaladas fiscais movido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O advogado pretendia deixar o cargo no final do ano passado, mas mudou de ideia para encerrar a defesa presidencial junto ao TCU.
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Adams chegou a ser cogitado para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. No entanto, a ideia foi descartada com a aprovação da PEC da Bengala pelo Congresso – que ampliou de 70 para 75 anos a idade compulsória de aposentadoria de magistrados. Pela nova regra, Dilma perdeu a possibilidade de indicar cinco ministros até o final de seu segundo mandato.
A saída de Adams marca a segunda baixa do governo no mesmo mês. Ontem (1º) foi publicada no Diário Oficial da União a exoneração do gaúcho Anderson Dorneles, conhecido como “anjo da guarda” da presidente. Um dos poucos assessores que tinham acesso direto e irrestrito à presidente, Anderson acompanhava Dilma há duas décadas, desde quando ela trabalhava no governo do Rio Grande do Sul.