A CPI da Petrobras decidiu ouvir nesta quinta-feira (6) o depoimento do empresário Milton Pascowitch, um dos presos da Operação Lava Jato. Pascowitch é acusado de intermediar propinas da empreiteira Engevix para diretores da Petrobras, para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e para o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu. A ida dele à CPI foi autorizada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba (PR), responsável pelas investigações da Lava Jato.
Pascowitch foi convocado depois que a Justiça cancelou a acareação prevista entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef – a pedido da defesa de Costa, que alegou problemas de saúde.
Outra decisão judicial relativa à CPI foi a concessão de um habeas corpus, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que suspende a aprovação da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de duas filhas, da mulher e da irmã do doleiro Alberto Youssef: respectivamente Taminy Youssef, Kemelly Caroline Fujiwara Youssef, Joana Darc Fernandes Youssef e Olga Youssef.
Diante disso, o autor dos requerimentos, deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), sugeriu que os deputados procurassem os ministros do STF para explicar a importância da decisão. “Estamos tentando marcar um encontro com o ministro Celso de Mello, que é o relator do caso”, explicou Hugo Motta, presidente da CPI da Petrobras.
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As quebras de sigilo tinham sido aprovadas em reunião da CPI em junho, mas foram suspensas em decisão liminar concedida pelo STF. Os advogados de Youssef argumentaram que a comissão não justificou devidamente a necessidade de quebra dos sigilos, votados em bloco com outros 136 requerimentos.
Com informações da Agência Câmara
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