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Em 29 de abril, outra conversa gravada pela PF mostra Gleyb dizendo para usar uma pessoa chamada Eduardo para interceder no negócio. Ele é, segundo a PF, um suposto assessor do gabinete de Sarney Filho (PV-MA). Na conversa, diz-se que ele teria nfluência no Instituto Brasília Ambiental (Ibram), onde segundo a PF, o grupo de Cachoeira pretendia pagar propinas para regularizar uma fazenda grilada em Brasília.
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Em outra conversa, em 27 de julho de 2011, Dagmar afirmou a Gleyb que “o pessoal daqui” em conjunto “com o do Sarney” pretende “comprar a parte deles no negócio”. A gravação não deixa claro que tipo de negócio é, nem quais integrantes do clã Sarney estão envolvidos.
As conversas apontam para uma tentativa de ligação de pessoas do grupo de Cachoeira e a Delta com a família Sarney. A gravação traz Gleyb dizendo ter “acesso direto” ao gabinete do deputado Sarney Filho (PV-MA) em Brasília. É citado também nas conversas José Adriano Sarney, filho do deputado e neto do presidente do Senado. Um grampo de 14 de julho mostra uma pessoa identificada como Rodolfo dizendo a Gleyb ser necessário resolver “o negócio da moto” e afirmando ter conversado com “o filho de Sarney”. A PF suspeita que a conversa era, na verdade, sobre Adriano Sarney. “Adriano?”, pergunta a PF no inquérito.
De acordo com as assessorias do senador José Sarney (PMDB-AP) e do deputado Sarney Filho, a família não possui qualquer negócio com a Delta, com Carlinhos Cachoeira ou com o lobista Dagmar Alves. Também disseram desconhecer a presença de um assessor chamado Eduardo no gabinete na Câmara e quais são os negócios referidos pela Polícia Federal. As assessorias negaram que a família tenha atividades relacionadas à coleta de lixo. Sobre o negócio da moto, a assessoria de Sarney Filho disse desconhecer do que se trata.
Defensores
A reportagem não conseguiu falar com o advogado Márcio Thomaz Bastos , defensor de Carlinhos Cachoeira, preso desde 29 de fevereiro. Não foram localizados os defensores de Gleyb Ferreira e Idalberto Matias, presos nas Operação Monte Carlo, e Dagmar Duarte, preso na Operação Saint-Michel . A reportagem também não localizou Rogério Bazelati, ex-diretor da Infraero e amigo de Ferreirinha.
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