A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que ocupa um dos três cargos de relator do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou hoje que as novas denúncias envolvendo Renan e a empresa Schincariol podem não ser incluídas no processo contra o peemedebista no Conselho de Ética do Senado. Renan responde a um processo disciplinar por ser acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista.
De acordo com a revista Veja, Renan atuou em defesa da Schincariol (leia mais) para evitar que dívidas milionárias da empresa com o INSS e a Receita Federal fossem cobradas. O Psol, autor da representação contra Renan no Conselho de Ética, pediu que mais essa denúncia seja incorporada ao processo.
Segundo a senadora tucana, a inclusão das novas denúncias “não se sustenta” juridicamente, tendo em vista que a nova acusação “não está mencionado na representação do Psol que deu abertura ao processo no conselho”. “Como decidir acrescentar outros fatos que não estão na representação inicial? Estaríamos indo contra o que o plenário do conselho decidiu", disse.
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"Os relatores não podem aceitar qualquer outro item que não estejam dentro daqueles que foram determinados inicialmente. A denúncia não está nos quesitos aprovados pelo plenário da comissão", complementou.
Mais investigação
Marisa também afirmou que amanhã a Mesa Diretora do Senado deve se reunir para fazer uma solicitação formal à Polícia Federal. O objetivo é pedir que as investigações dos documentos encaminhados pela defesa de Renan ao Conselho de Ética sejam aprofundadas.
"Vamos entregar o pedido para o presidente do conselho, a Mesa se reúne e manda para a PF os nossos quesitos para as investigações", afirmou. (Rodolfo Torres)