A crise política e de representação na Câmara se aprofunda. Sem a presença dos líderes do DEM, PSDB e PPS na reunião da manhã desta quarta-feira, o colégio de líderes conseguiu um compromisso do presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), de só participar de sessões não deliberativas e de atuar apenas como representante da Casa em solenidades públicas.
“Ele aceitou participar apenas de assuntos burocráticos e nas sessões deliberativas outro deputado coordenaria os trabalhos”, disse Paulinho da Força (SP), líder do Solidariedade. Pelo acordo desenhado nesta manhã, o deputado que assumiria os trabalhos no plenário seria Fernando Giacobo (PR-PR), segundo vice-presidente.
Esta fórmula não é aceita pelas lideranças do DEM e do PPS. Os dois partidos não tinham representação na reunião do colégio de líderes de hoje. O líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), chegou ao final do encontro quando a negociação com maranhão já tinha sido feita. Segundo Paulinho da Força, os líderes do PT, PSol e PC do B também aceitaram a solução proposta. “Vamos ver se Maranhão cumpre o que prometeu na reunião”, disse Paulinho. O PP ainda pressiona para que Maranhão peça licença da legenda ou renuncie ao cargo de presidente interino. Maranhão não aceita.
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A saída para o impasse depende de maranhão. Sua assessoria não confirmou se ele aceita ou não funcionar como figura decorativa no. O próprio Maranhão também não deu declarações sobre o assunto. O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), não aceita a alternativa e acredita que a Casa ficará ainda desmoralizada.
A alternativa de transformar Maranhão apenas em figura decorativa foi negociada entre os deputados do chamado novo “centrão”, grupo formado por deputados ligados ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de 12 partidos do SDD, PR, PP, PRB, PTB, PSC, PHS, PTN e PROS.