O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), disse hoje (18) que vai sugerir uma nova reunião das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado com os líderes partidários para reavaliar a decisão que eleva em 91% o vencimento dos parlamentares a partir de 2007.
Fontana disse que os petistas estão unidos contra o aumento – que equiparou o subsídio dos parlamentares ao salário dos ministros do STF, hoje em R$ 24,5 mil – embora os petistas Arlindo Chinaglia (SP) e Ideli Salvatti (SC) não tenham se posicionado contrariamente à medida na reunião que definiu o novo valor.
“Temos que reavaliar posições a qualquer momento. Nós apoiaremos todas as iniciativas que procurem revisar. A posição do Chinaglia é pessoal. A bancada do PT tem posição contrária”, disse.
Ideli divulgou nota oficial nesta segunda-feira para se explicar sobre a abstenção. A senadora disse que defendeu a recuperação das perdas inflacionárias sobre o salário, mas como a maioria da bancada do PT no Senado foi favorável à equiparação ao teto do funcionalismo, apoiou a decisão das mesas da Câmara e do Senado.
“Voto vencido, meu dever como líder foi informar a posição majoritária da bancada na reunião conjunta do Senado e da Câmara. Por considerar que a discussão sobre o reajuste não está esgotada e que o Congresso deve levar em consideração o debate aberto na sociedade, defendo que a definição final aconteça com votação em plenário”, afirmou.