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“Este não é o foco da CPI”, disse Tatto. Durante entrevista coletiva, o petista colocou em dúvida as declarações de Gilmar Mendes à Veja. De acordo com a matéria, o ex-presidente conversou com o ministro do Supremo no escritório do ex-ministro da Justiça e ex-presidente do STF Nelson Jobim para adiar o julgamento do mensalão. Sem atacar Gilmar diretamente, o líder do PT afirmou que acredita nas palavras de Nelson Jobim e nas atitudes de Lula. “Noventa por cento da população aprova o Lula e acredita no Lula”, afirmou.
Apesar de colocar em descrédito as declarações de Gilmar Mendes, o líder petista acredita que o ministro do STF também não deve ser convocado pela CPI. Usando o mesmo motivo para defender Lula, Tatto diz que uma investigação contra Mendes é sair do “foco da CPMI”. Mesmo uma suposta viagem do integrante da mais alta corte a Berlim, na Alemanha, com os custos pagos pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, não seria tema de investigação.
Por enquanto, até a oposição não trata de uma convocação dos dois. À tarde, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), anunciou que a oposição entrará com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a investigação de Lula por corrupção ativa, coação e tráfico de influência. Para o líder do Psol, Chico Alencar (RJ), é preciso agir para acabar com qualquer suposição de “troca de favores”.
Publicidade“Na CPMI, apurando a possível viagem de Mendes e Demóstenes em avião providenciado ou bancado pelo detento Carlos Cachoeira. Esta, em tendo ocorrido nesses termos, seria espúria e de gravíssimas consequências. No STF, agilizando, de maneira independente e serena, o julgamento final do mensalão”, disse, em nota. O líder do Psol ressaltou que “o saudável costume dos ministros do STF é receber os cidadãos, em exercício de função pública ou não, em dependências do próprio tribunal, com toda transparência”.
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