O líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PT-PE), sugeriu hoje (28) que a presidência da CPI mista dos Cartões Corporativos seja compartilhada entre governo e oposição. "Não queremos ter uma sangria desatada na definição do formato da CPI, queremos o entendimento. Uma das possibilidades é ter um overlap [sobreposição, no caso, de dois presidentes]", disse ele.
A polêmica causada pelo PT deixou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, confuso. "Tem que investigar. Não entendo o porquê dessa polêmica. O que não pode é jogar a poeira para debaixo do tapete", afirmou o ministro.
Para Múcio, a confusão com relação à composição da CPI não deve passar de segunda-feira (3). "Tem que ter a CPI. O governo quer que se esclareçam as denúncias. Não quer que fique sem solução. Afinal foi o governo de Lula que criou o portal da Trasnparência", destacou o ministro das Relações Institucionais.
A dúvida levantada hoje pelo PT vai de encontro ao acordo firmado ontem entre o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e a oposição (leia mais), quando o PMDB aceitou ceder a presidência da comissão para o PSDB.
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Os tucanos chegaram até a convidar a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) para assumir a função. Mas na noite de ontem, após a reunião da bancada do PT, as dúvidas sobre a divisão da presidência e da relatoria foram retomadas.
Ao ser questionado sobre o assunto, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), preferiu não se estender no assunto. "O PT está menos preocupado com CPIs e tapiocas do que com temas mais relavantes como a reforma tributária", alegou. (Soraia Costa)
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