A decisão da liderança do PP foi tomada durante reunião realizada na liderança do partido na Câmara, no final da tarde desta terça-feira (12). Participaram do encontro 44 deputados, dos quais 13 se manifestaram contra o impeachment. A bancada conta com 47 deputados no exercício do mandato.
Ministro das Cidades de Dilma entre 2012 e 2014, Aguinaldo votou a favor da ex-chefe em relação ao relatório favorável à deposição de Dilma preparado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do process na Comissão do Impeachment. O texto foi aprovado ontem (segunda, 11) por 38 votos a 27.
O Palácio do Planalto contava, até a manhã desta terça-feira (12), com metade dos votos da bancada do PP. Mas, à medida que o tempo avança, cresce a pressão para que deputados sejam obrigados a votar de acordo com uma maioria pró-impeachment.
Na reunião da comissão processante na segunda-feira (11), Aguinaldo Ribeiro já havia liberado a bancada, mas votou contra o relatório de Jovair Arantes. Ribeiro defende que, para a votação em plenário, a bancada seja novamente liberada, e não forçada a votar como quer a maioria, pela saída de Dilma.
Fator Maluf
Entre os deputados pró-impeachment do PP está Paulo Maluf (SP). No início do processo ele tinha dado sinais de que apoiaria o governo. Há uma semana mudou de ideia e votou pela abertura de processo de impeachment na Comissão do Impeachment, dizendo que o faz porque é “contrário a negociatas”.
A banda oposicionista do PP engrossou uma reunião do comitê pró-impeachment desta manhã, que contabilizou 340 deputados a favor do impeachment. Se for verdadeiro esse número, falta apenas dois votos para que a presidente seja derrotada no Plenário da Câmara e, com a admissibilidade do processo definitivamente aprovada, comece a ser processada pelo Senado – o que implica afastamento imediato de 180 dias.
O comitê pró-governo contesta esse levantamento e garante que o grupo anti-impeachment já chega perto de 200 deputados.
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