O senador Valdir Raupp (RO), líder do PMDB na Casa, negou que o partido tenha ficado enfraquecido após as denúncias contra Renan Calheiros (PMDB-AL) e Joaquim Roriz (PMDB-DF).
Ele descartou a necessidade de abertura imediata de processo disciplinar contra Roriz e disse que a apuração das denúncias deve ser feita “por etapas”.
Tão logo chegou de viagem, hoje pela manhã, Valdir Raupp ligou para Roriz para cobrar explicações:
“Pedi para que ele [Roriz] se pronunciasse e ele disse que já tinha dado as explicações, mas que convocaria uma coletiva ainda hoje para dar mais detalhes”, afirmou Raupp.
O líder peemedebista preferiu não emitir juízo quanto às acusações feitas contra Roriz. “Quem tem que se explicar é ele”, disse Raupp ao ser questionado se não era estranho que um senador da República pegasse um cheque de R$ 2,2 milhões de um empresário só para conseguir um empréstimo de R$ 300 mil e devolver R$1,9 milhão em espécie.
“Não posso dizer se estou satisfeito ou não [com as explicações de Roriz] porque não me debrucei sobre essas denúncias e sobre tudo o que foi publicado”, disse o líder do PMDB.
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Valdir Raupp não descartou a possibilidade de abertura de processo disciplinar contra Roriz dentro do partido, mas disse que isso “é uma questão que precisa de conversa”.
“Tem uma série de instâncias para investigar as denúncias contra parlamentares. A corregedoria foi a primeira a se manifestar no caso Renan, espero que seja a primeira a se manifestar agora com relação a Roriz”, destacou Raupp. “Então espero que tudo seja feito por etapas, primeiro pela corregedoria, depois, se for o caso, com processo disciplinar no Conselho de Ética”, completou.
Até o momento Roriz não divulgou novas explicações sobre o conteúdo da gravação de uma conversa entre ele e o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura, um dos presos na Operação Aquarela da Polícia Civil do DF. (Soraia Costa)
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