Votaram pela abertura de processo contra a presidente Dilma os deputados Flávia Morais (GO), Giovani Cherini (RS), Hissa Abrahão (AM), Mário Hering (MG), Sérgio Vidigal (ES) e Subtenente Gonzaga (MG). Todos descumpriram a determinação da executiva e estão sendo processados pela comissão de ética na legenda. O julgamento de todos está marcado para o mesmo dia, 30 de maio. O líder da bancada está tentando convencer os membros do conselho de ética a aplicar uma punição mais branda, como suspensão temporária do mandato ou advertência por escrito.
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Os deputados processados estão apresentando suas respectivas defesas. “Não votei contra o partido nem desobedeci o estatuto”, justifica Mário Hering.
Os deputados desobedientes que ocupavam cargos da direção em diretórios municipais ou estaduais já perderam o posto. O Diretório Nacional do PDT ameaça deixá-los fora da negociação para a escolha de candidatos a vereador e prefeitos do partido nas eleições municipais de outubro. Essa decisão retira uma fatia importante de poder dos parlamentares e os enfraquece para o próximo pleito para a Câmara Federal, assembleias legislativas e governos estaduais.
Juventude
A juventude pedetista é o setor mais radical do partido na defesa da expulsão dos seis deputados que votaram pelo impeachment. Esse segmento será procurado pelo líder Weverton – que presidiu a juventude pedetista antes de ser eleito deputado –, que tentará sensibilizar os correligionários com o argumento de que uma bancada com 19 deputados não pode se dar ao luxo de expulsar seis, mesmo que seja em razão da polêmica do impeachment.
Publicidade“Vamos tentar evitar a expulsão para impedir um trauma maior na bancada”, disse Weverton ao Congresso em Foco.
Teoricamente, o PDT faz parte da base parlamentar de apoio a Dilma Rousseff. O partido indicou, inclusive, o ministro do Trabalho desde o governo Lula, posto reservado a Carlos Lupi, hoje presidente nacional do partido, e a Manoel Dias até outubro do ano passado. O partido também indicou nomes para o segundo escalão do ministério – atualmente incorporado à pasta da Previdência – e para delegacias regionais.