O líder da oposição no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), defendeu a extinção da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Segundo o senador, a idéia surgiu diante da Operação Sanguessuga da Polícia Federal, que prendeu 46 pessoas acusadas de participação em um esquema de fraudes na compra de ambulâncias por prefeituras, com dinheiro oriundo do orçamento federal.
Entre os presos, estão 12 assessores parlamentares do Congresso e dois ex-deputados federais. Outros 50 parlamentares ainda devem ser investigados, mas a ação depende de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os assessores são acusados pela PF de incluir as emendas das ambulâncias no projeto de orçamento. No final, a prefeitura atestava a compra de uma ambulância equipada por cerca de R$ 80 mil, quando no mercado, ela poderia ser adquirida até pela metade deste valor.
Para o líder oposicionista, a operação dá atestado da falência do atual sistema de discussão do orçamento no Congresso. Em sua opinião, o projeto orçamentário deve ser debatido nas comissões temáticas da Câmara e do Senado.
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“A Comissão de Orçamento do Congresso está contaminada, infelizmente, depois da reforma feita no processo orçamentário após a CPI dos Anões do Orçamento. Está provado, agora, que continua a prática de desvio de recursos. O Congresso deve dar todo apoio às investigações da PF”, afirmou Álvaro Dias.
A chamada "CPI dos Anões" foi instalada em 1993 e terminou com sete deputados cassados, oito absolvidos e quatro renúncias de mandato.
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